Apesar do crescimento impulsionado pela inteligência artificial e da forte atuação como fornecedora para gigantes como Apple e Samsung, a fabricante norte-americana de chips Broadcom viu suas ações caírem cerca de 2% nesta sexta-feira (6). A queda ocorreu após a divulgação da previsão de receita para o terceiro trimestre, que não correspondeu ao entusiasmo do mercado apesar de superar levemente as estimativas dos analistas.
Otimismo com chips e IA não segura queda nas ações
As ações da Broadcom recuaram cerca de 2% após a empresa anunciar uma projeção de receita de aproximadamente US$ 15,8 bilhões, o que corresponde a cerca de R$ 88,3 bilhões, para o terceiro trimestre, superando levemente a média das previsões, que era de US$ 15,71 bilhões.
No entanto, o resultado foi visto como morno diante das grandes expectativas geradas pelo crescimento da demanda por tecnologia ligada à inteligência artificial. A empresa norte-americana Broadcom fornece chips para Apple e Samsung, além de aparelhos de rede que suportam o tráfego de grandes volumes de dados nos data centers usados para IA, um dos setores que mais crescem no mundo.
Valorização bilionária e incertezas no horizonte
Em dezembro, o valor de mercado da Broadcom ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 1 trilhão, o que corresponde a aproximadamente R$ 5,59 trilhões. Isso ocorreu depois que a empresa anunciou uma previsão de grande aumento na procura por chips. Desde o começo do ano, as ações da empresa já acumulam uma valorização de cerca de 12%.
No entanto, o setor enfrenta desafios externos. As empresas que produzem chips no mundo todo, como a Broadcom e até mesmo a Nvidia, atualmente considerada a empresa mais valiosa do mundo, enfrentam dificuldades por causa das mudanças nas regras comerciais dos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump, além das limitações nas exportações. Essas medidas foram tomadas para dificultar que a China tenha acesso a certas tecnologias estratégicas.