Apesar de constar como um dos smartphones mais caros da história, e ter sido lançado com um problema de superaquecimento durante o tempo de carregamento da bateria, o número de vendas não mente: marca-se uma definitiva recuperação da Apple, com um aumento de 15% nas vendas em relação ao modelo anterior.
Esse dado vem do banco de investimentos Wedbush Securities, que totalizaram as vendas do iPhone 15 nos três primeiros dias de lançamento (a partir de 12 de setembro) em 10 milhões de unidades ao redor do globo, um número que o iPhone 14 falhou em atingir no mesmo período.
Tal desempenho é considerado bom para a Apple, cuja concorrência – em empresas como a Samsung e a Xiaomi – vem crescendo nos últimos anos.
A pré-venda do iPhone 15 já começou no Brasil na quarta-feira (27). (Foto: Reprodução/apple.com)
Explicações Possíveis
Embora não seja possível elaborar como as vendas resultarão no decorrer do resto do ano apenas a partir desse dado, esse início tende a prometer uma boa recepção pelo público. Se este realmente for o caso, então, quais as possíveis explicações para tal aumento significativo nas unidades vendidas?
Além dos tradicionais desenvolvimentos tecnológicos que acompanham cada mudança de geração como a melhoria dos recursos de câmera, ou atualização do design, o aparelho de número 15 marca a histórica adoção do adaptador ‘universal’ USB-C para cumprir com as regulações europeias. Essa padronização põe a Apple junto com o resto do mercado, tornando o iPhone mais acessível.
Ainda é possível especular que a discrepância em vendas seja tanto pelas inovações do iPhone 15 quanto pela insatisfação com o iPhone 14. Este modelo marcou uma queda nas avaliações em relação à geração anterior que não se via desde 2012, uma década atrás. Nesse ponto de vista, o aumento das vendas é menos um avanço e mais uma recuperação.
Comparação histórica com as versões dos iPhones, marcando a insatisfação com o iPhone 14. (Foto: Reprodução/Perfectrec)
Motivos Externos
Indo além, para os fatores sobre os quais a Apple não detém controle, podemos relembrar que a crise da escassez chips, que afetou até o cenário pós-pandêmico em 2022 e 2023, está enfim diminuindo. Com esse setor se recuperando, e possibilitando a produção de mais smartphones, não surpreende um maior número de vendas do iPhone 15.
Porém, outra onda econômica também se encontra na direção oposta no desaceleramento da economia global, que em mesma medida poderá afetar as vendas e o sucesso do modelo.
Logo, existem possíveis explicações muito além do produto em si, que no Brasil teve a pré-venda iniciada só na quarta-feira (27). Ainda são necessários mais dados para avaliar o verdadeiro resultado das vendas.
Foto Destaque: Ilustração do iPhone 15. Reprodução/yankodesign