Em estudo divulgado pela empresa de segurança Proofpoint, houve o levantamento de que cerca de 25% das empresas brasileiras tiveram prejuízos de no ano de 2022 causados por ataques de hackers.
Cerca de um quarto das empresas brasileiras sofreram perdas financeiras causados por ataques cibernéticos em 2022, a maioria alega roubo de dados. De acordo com a Proofpoint, pelo menos 78% das empresas brasileiras sofreram, ao menos, um ataque de roubo (phishing) por e-mail em 2022, e 23% delas sofreram perdas financeiras no final. A empresa não recolheu informações sobre montante dos prejuízos causados pelos ataques.
A pesquisa, também realizada em outros 14 países, apurou que 58% das empresas brasileiras sofreram uma tentativa de ransomware em 2022, em 46% dos casos, houve êxito por parte dos hackers.
Nesse tipo de ataque, os criminosos conseguem impedir que a vítima tenha acesso a dados nos sistemas afetados e cobram uma espécie de resgate, que é feito por uso de criptomoedas ou em transferências não rastreáveis. De dez empresas que são atacadas dessa forma, somente sete recuperam o seu acesso após o pagamento do resgate, diz o segundo relatório.
Durante os ataques virtuais, 91% das empresas atingidas pagam pelos resgates, e 29% delas optaram pelo pagamento mais de uma vez. Das organizações atacadas por meio de ransomware no país, 92% tinham uma apólice de seguros que cobriam ataques desse tipo.
Somente a americanas perdeu cerca de R$ 1 bilhão em vendas após o ataque hacker registrado em fevereiro de 2022Foto: Eduardo Ribeiro Jr./g1
Em 2022, várias empresas e instituições brasileiras foram atacadas por hackers, como a Americanas, o banco de investimentos BR Partners, Banco Pan, a fabricante de rodas e componentes automotivos iochpe-Maxion, a empresa de saneamento Aegea e a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Mesmo que o phishing continue sendo bem-sucedido, muitos hackers intensificaram ataques que usam telefones e sites de phishing criados para simular endereços confiáveis, a autenticação multifator, de acordo com a pesquisa.
“Essas técnicas têm sido usadas há anos, mas em 2022, elas foram implantadas em grande escala” disse Rogério Moraes, vice-presidente da Proofpoint na América latina e Caribe.
Foto destaque: Hackers usam Phishin e Ransonware para atacar organizações// foto: Bill Hinton/Getty Images