A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Estados Unidos aprovou uma medida para conceder ao presidente Joe Biden o poder de proibir o aplicativo TikTok, propriedade da empresa chinesa ByteDance, por considerá-lo um risco à segurança. A medida foi patrocinada pelo presidente do comitê republicano, Michael McCaul, e aprovada por 24 votos a 16.
Os democratas da comissão se opuseram à medida, argumentando que a proibição do TikTok prejudicará as alianças dos Estados Unidos com outros países e minará os valores fundamentais do país. O deputado Gregory Meeks, o principal democrata na comissão, afirmou que a legislação é “perigosamente ampla” e poderia resultar em sanções a empresas coreanas e taiwanesas que fornecem equipamentos para empresas chinesas.
Joe Biden (Foto: Reprodução/UOL)
O Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos recomendou em 2020 que a ByteDance alienasse o TikTok por preocupações com a segurança de dados dos usuários. O TikTok e o CFIUS negociam há mais de dois anos os requisitos de segurança de dados, e o aplicativo afirmou ter gasto mais de 1,5 bilhão de dólares em medidas rigorosas de segurança.
Após a votação, uma porta-voz do TikTok afirmou que a proibição do aplicativo seria uma proibição da exportação da cultura e dos valores norte-americanos para bilhões de pessoas em todo o mundo. McCaul disse que espera que o projeto de lei seja levado ao plenário da Câmara em breve.
A medida precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara e do Senado antes de ir para Biden. O Senado é controlado pelos democratas, o que pode dificultar a aprovação da medida. Se aprovada, a proibição do TikTok pode ter consequências significativas para a empresa, que tem mais de 100 milhões de usuários nos Estados Unidos e é uma das plataformas de mídia social mais populares do mundo.
Foto destaque: TikTok. Reprodução/Olhar Digital
