China e EUA confrontam-se em disputa pelos “chips”

Isadora de Oliveira Silva Por Isadora de Oliveira Silva
3 min de leitura

Segundo a Forbes, nos últimos anos, o mundo tem acompanhado com crescente apreensão a rivalidade entre as duas maiores potências econômicas globais, à medida que competem pelo domínio do mercado de semicondutores, popularmente conhecidos como “chips”.

A crise na produção desses componentes, que começou em 2020, afetou diretamente setores como hospitais, indústria automotiva, eletrônicos e até mesmo a construção civil. Esta disputa pela supremacia na indústria de semicondutores tem causado um impacto significativo na economia global e levanta preocupações em relação à segurança nacional.

Chips na era digital

Os semicondutores desempenham um papel fundamental na indústria tecnológica atual, pois são a base dos componentes eletrônicos, como transistores, diodos e circuitos integrados. Eles são essenciais para a operação de dispositivos eletrônicos modernos, incluindo smartphones, computadores e veículos. Além disso, habilitam tecnologias avançadas, como armazenamento de dados, conectividade, inteligência artificial e realidade virtual.

Embora os Estados Unidos liderem em termos de design de chips, a fabricação ocorre principalmente no exterior, com Taiwan desempenhando um papel crucial como maior produtora de semicondutores do mundo. A crescente tensão política em relação à ilha de Taiwan tem levantado preocupações sobre a vulnerabilidade do fornecimento de semicondutores, especialmente durante a pandemia, quando as interrupções nas cadeias de abastecimento ressaltaram a necessidade de diversificação.


Representação de Chip. (Foto: Reprodução/Pixabay por u_8t3emw1yia)


Potencial do México

Já segundo o G1, à medida que empresas buscam diversificar suas operações fora da China, o México surge como um possível destino para a montagem e embalagem de chips. O país já possui uma indústria de montagem bem desenvolvida no setor automotivo e médico, e está bem posicionado para expandir essas vantagens para a indústria de semicondutores.

Empresas de tecnologia de produção expressaram interesse em reequilibrar suas cadeias de abastecimento e reduzir sua dependência da Ásia Oriental, onde a maioria da montagem e embalagem de chips ocorre. O México, com sua localização geográfica favorável, base industrial e estrutura de custos, pode ser a solução para essa busca por diversificação.

Apesar de não ser um líder na fabricação de tecnologia avançada, o México tem vantagens na montagem de semicondutores. Além dos setores automotivo e médico, o país também realiza a montagem de servidores e computadores.

Foto destaque: EUA e China. Reprodução/Pixabay por Christian Dorn e Roger YI

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