Na última quarta-feira a Apple lançou o Self Service Repair, um programa que permite o próprio usuário a consertar pequenos danos em seus aparelhos como reparos na tela, bateria e câmera, tudo isso sem precisar de assistência técnica. Esse conceito de autorreparo é conhecido como Cultura Maker. O movimento tem como principal objetivo mostrar que as pessoas são capazes de construir, fabricar e reparar os seus próprios objetos. A empresa americana de tecnologia revelou que o novo serviço será comercializado nos Estados Unidos a partir de 2022, mas ainda não há previsão da chegada do Self Service Repair no Brasil.
(Foto: Reprodução/Divulgação Apple)
Pedro Gravena, estudioso do movimento Maker explica a essência dessa cultura na sociedade: “O ser humano existe como consumidor há pouco mais de 150 anos, mas existe como maker há aproximadamente 1.7 milhões de anos. A força consumista é enorme e a gente deixou de fazer coisas para consumir coisas prontas, cada vez mais e mais. Mas o instinto está ali. Ou vai me dizer que você nunca teve vontade de abrir seu telefone para ver o que tem dentro? O movimento maker é forte e está por todos os lados, inclusive na Apple agora”.
A Cultura Maker surgiu em meados dos anos 50, quando o lema “Faça você mesmo” se popularizou nos EUA, há princípio o objetivo era construir ferramentas e fazer pequenos reparos em objetos e máquinas comuns naquele período e isso teve um papel importante na evolução das indústrias. Porém, foi na década de 70 que o movimento começou a impactar diretamente o segmento da tecnologia com a aparição dos primeiros computadores.
No final dos anos 70, Steve Jobs apresentou pela primeira vez o Apple 1, o primeiro computador da empresa, durante um encontro do Homebew Computer Clube, um clube de entusiastas por computadores onde a movimento Maker fazia os seus membros criarem novas tecnologias a cada encontro. Algumas décadas depois, a Apple lança o seu novo serviço que pode abrir mais uma vertente no mercado técnológico.
Foto destaque: Reprodução/Divulgação Apple