Empresas de chips dos EUA acompanham Biden em visita ao Vietnã

Alexandre Kenzo Por Alexandre Kenzo
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Nesta segunda-feira (11), enquanto o presidente norte-americano Joe Biden visitou o Vietnã para fins diplomáticos, as maiores empresas digitais, de semicondutores (chips), e de tecnologia em geral dos Estados Unidos participaram de uma reunião de negócios em Hanói. Entre elas estão a Intel, a Google, e a Boeing.

Esta reunião, indo além do novo e histórico acordo diplomático de Joe Biden com o país asiático, promoveu grandes acordos comerciais. Em grande parte, a reunião confirma planos dos EUA para se desvincular da China no setor tecnológico, optando em vez disso por aumentar o papel global do Vietnã enquanto fornecedor.


Presidente Joe Biden em visita ao Vietnã.

Presidente Joe Biden em visita ao Vietnã. (Foto:Reprodução/Luong Thai Linh/POOL/AFP)


Diplomacia e comércio

O acordo diplomático entre os Estados Unidos e o Vietnã representa em grande parte um alinhamento de interesses econômicos, como a oportunidade de escapar dos riscos associados à China em tempos recentes, como as restrições comerciais e tensões sobre Taiwan. É um grande contraste em relação à situação de algumas décadas atrás, quando a Guerra do Vietnã (1955-1975) ainda estava em curso.

Eu acho que nós pensamos demais em termos de Guerra Fria. Não é sobre isso. É sobre gerar crescimento econômico e estabilidade,” Biden disse a reporters no sábado em Hanói.

Das empresas que participaram na reunião de negócios, muitas já investiram no Vietnã. Entre elas, a Intel possui 1,5 bilhões de dólares em operações de montagem, embalagem, e teste de chips, a maior de sua rede global e com planos para expandir. Já a Amkor está contruindo, próximo a Hanói, “uma megafábrica de última geração para montagem e testes de semicondutores”, segundo a secretária do Tesouro, Janet Yellen.


Com acordos comerciais, Vietnã poderá ganhar espaço no setor tecnológico global.

Com acordos comerciais, Vietnã poderá ganhar espaço no setor tecnológico global. (Foto:Reprodução/Peggy Anke/Pixabay)


Acordos

Grande parte do interesse tecnológico sobre o Vienã em específico, além de questões políticas, provém do seu solo com segundo maior depósito de terra rara no mundo, contendo metais que podem ser utilizados desde em veículos elétricos até turbinas eólicas.

Na reunião de segunda-feira (10) em si, foram travados negócios como a compra pelo país asiático de 50 aeronaves Boeing 737 Max por 7,8 bilhões de dólares, e o anúncio pela Microsoft de criar “uma solução baseada em inteligência artificial sob medida para o Vietnã e mercados emergentes.”

No total, os maiores investimentos significam que o mercado tecnológico pode esperar mais representatividade do Vietnã no futuro, como um resultado dessa estratégia dos Estados Unidos.

Foto Destaque: Método de produção de chips eletrônicos. Reprodução/Tobias Dahlberg/Pixabay

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