O ChatGPT é um programa de inteligência artificial que tem sido amplamente utilizado e comentado. Ele tem a capacidade de escrever canções, explicar física quântica e fornecer conselhos sobre como aumentar a inteligência. No entanto, apesar de suas habilidades, os especialistas em inteligência artificial acreditam que a corrida para o desenvolvimento desses sistemas está fora de controle, e alertam sobre os riscos e perigos para a humanidade.
A OpenAI, a empresa responsável pelo ChatGPT, lançou recentemente uma versão ainda mais avançada do sistema, o GPT-4, que impressionou muitos observadores. No entanto, alguns especialistas apontam que, apesar de sua sofisticação, esses sistemas ainda têm limitações importantes.
De acordo com o pesquisador do Centro Cerebral e Desenvolvimento Cognitivo da Birkbeck, Universidade de Londres, Ori Ossmy, esses programas são capazes de coletar muita informação da internet para atender diferentes perguntas e solicitações, mas não são muito bons em se adaptar a diferentes cenários e ambientes, algo que as crianças e bebês fazem naturalmente. A capacidade de adaptação é algo que nos coloca à frente da inteligência artificial.
“Nós estamos muito, muito longe de computadores com capacidade de adaptação, creio eu. Talvez a gente descubra como isso pode ocorrer”, afirma Ossmy.
Especialistas afirmam que humanos são mais inteligentes do que máquinas (Foto: Reprodução/iStock)
O nosso cérebro tem uma capacidade incrível de se adaptar e moldar ao ambiente desde o nascimento, algo que ainda é um desafio para a inteligência artificial. Neurocientistas ainda não têm uma ideia clara de como isso funciona, mas até que tenhamos uma compreensão melhor desse processo, os computadores não poderão rivalizar com os humanos.
O ChatGPT reconhece as limitações de sua própria mente virtual e afirma que não pode reproduzir toda a extensão da inteligência humana. Enquanto os sistemas de inteligência artificial estão se tornando cada vez mais sofisticados, ainda há muito a ser descoberto sobre como imitar a capacidade humana de adaptação.
Foto destaque: ChatGPT. Reprodução/UOL