A vida como conhecemos foi gerada a partir de uma imensa explosão cósmica com a fusão de duas estrelas de nêutrons. Foi observado que a fase final da vida de estrelas muito massivas gerou a segunda explosão de raios gama, a explosão mais intensa já registrada, cerca de um milhão de vezes mais brilhante do que a Via Láctea inteira.
Sobre a explosão
Esta descoberta foi publicada na revista Nature e liderada pela holandesa Radboud University e só foi possível graças a telescópios espaciais e terrestres. Os chamados lampejos de raios gama se originam de jatos que viajam quase na velocidade da luz, podendo durar alguns milissegundos a dezenas de minutos.
Telescópio James Weeb usado para observar a explosão (Imagem/Reprodução/Olhar Digital)
Essa explosão ficou conhecida como Kilonova, e ao ser observada, foi encontrado telúrio. Esse elemento químico é pesado e raro e pode ser usado em ligas com outros metais, como o iodo, que desempenha um papel no metabolismo dos seres viventes.
Além de elementos necessários para a vida, os pesquisadores viram na explosão vestígios de ouro e platina. Isso foi possível graças ao infravermelho implantado no telescópio Webb.
Vida fora da Terra
Não é de hoje que se realizam pesquisas sobre vida fora do planeta Terra, e isso não é apenas algo de ficção científica. Em uma pesquisa realizada pela NASA, foi possível encontrar sinais de vida em um planeta que está anos-luz da Terra.
Segundo as pesquisas realizadas com o telescópio James Webb, os pesquisadores encontraram em um planeta um composto químico chamado de Sulfeto de dimetila. Este elemento é produzido na Terra apenas por organismos vivos. Contudo, ainda é preciso muitos dados para que se comprove a possibilidade de vida neste planeta. Denominado como K2-18 b, é um planeta cerca de oito vezes maior que a Terra. Vale mencionar que nele foi encontrado também metano, dióxido de carbono e hidrogênio na atmosfera do planeta, o que sugere que ele tenha água, com isso é possível que tenha atividade biológica nesse planeta.
Foto destaque: explosão de neutrons. Reprodução/Brasil Escola