Facebook: com ações em alta, futuro da empresa continua incerto

Carlos Eduardo Miranda Por Carlos Eduardo Miranda
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A companhia passa por uma crise judicial devido às informações contidas em documentos vazados pela ex-diretora Frances Haugen, nos documentos é mostrado os dados de uma pesquisa interna realizada pelo próprio Facebook em que constata dados negativos em que a empresa priorizou lucro ao invés da segurança do usuário. Por esse motivo a empresa estuda também a possibilidade de um rebranding, uma mudança de nome para afastar a imagem da empresa  das recentes informações vazadas pela ex-funcionária.

 

Porém, do lado financeiro, o Facebook está em um período extremamente positivo de crescimento. No terceiro trimestre deste ano, a companhia teve um lucro líquido de US$ 9,2 bilhões, um crescimento de 17% em relação ao ano passado, e em receita US$ 29 bilhões, um crescimento de 35% em relação ao ano passado. Outro dado divulgado pela companhia foi o crescimento de 6% de usuários ativos, contabilizando 1,93 bilhão. Vale ressaltar que somente no mesmo dia que os dados foram ao público, as ações do Facebook cresceram 3%.


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No entanto, mesmo com o panorama positivo, a incerteza do futuro da empresa ainda é grande por se aventurar em diversos mercados além da publicidade. Um exemplo disso é que a divisão de tecnologia terá seus dados divulgados separadamente e segundo David Wehner, diretor financeiro, o investimento no Facebook Reality Labs irá diminuir o lucro operacional do ano em US$ 10 bilhões.

 

Segundo Mark Zuckerberg, presidente executivo, o investimento grande na área de novas tecnologias é para transformar o Facebook em uma empresa de “metaverso”. Isso justifica a compra da Oculus, empresa de realidade virtual, e diversos investimentos relacionados, incluindo os planos de contratar 10 mil funcionários. David Wehner também afirmou que a partir do quarto trimestre deste ano o Facebook Reality Labs será separado de outros aplicativos da companhia.


Investimento da companhia no metaverso só tem crescido (Foto: Forbes / Getty Images)


Polêmicas acontecem há anos e não limitaram o crescimento da plataforma. O Facebook poderia encontrar um caminho de diálogo e transparência para revitalizar a própria marca. Um caminho de mudança de estratégia de branding e postura pode mostrar para o público que a empresa, como um todo, está mudando e querendo evoluir ouvindo os clientes. É possível mudar as diretrizes, valores, ofertas, sem mudar de nome. É sobre recomeçar – não do zero – e ganhar novamente a confiança das pessoas e até mesmo um novo público, mas sem perder os atuais. Metaverso é uma outra construção, com muito potencial, mas com o risco de se tornar uma fuga.” diz Andrea Mendonça, chief growth officer da B&Partners.co e especialista em estratégias de branding.

 

Estamos vendo, há algum tempo, outras redes sociais trazendo mais opções de conteúdo, engajamento, modelo comercial e formato. Se a estratégia for de renovação e de mudança de proposta pode fazer sentido. E não podemos esquecer que existe a marca Mark Zuckerberg, a maior força está aí e o maior impacto vem dela, para o bem e para o mal, qualquer movimento vai repercutir“, conclui Mendonça.

Foto destaque: Descrição: Aumento de usuários do Facebook nesse trimestre. Créditos: Pixabay / geralt

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