Inteligência Artificial e a mudança nas relações das gerações futuras

Jânio Barros Por Jânio Barros
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Em algum momento da história humana passou-se a imaginar formas distintas de inteligências das quais desconhecemos. Entendia essa inteligência como algo associado apenas a características que correspondiam a semelhanças vistas em comportamentos humanos. 

Mas com o passar do tempo começou a se notar que cada forma de vida tinha sua inteligência e por conseguinte o seu nível de consciência. Alguns organismos, por exemplo, como às árvores, apesar de não apresentarem estruturas orgânicas complexas similares às vistas nos mamíferos, ainda assim se mostram capazes de exercerem processos metabólicos que possibilitam a troca de informação de uma árvore com a outra e que pode, de certa forma, serem considerados um tipo de inteligência da natureza. Na qual, alguns tipos de processos químicos serão aqueles que mais se adaptarão ao seu meio e conseguira ser perpetuado para as gerações seguintes.


Representação esquemática da conexão entre às raízes das àrvores – (Foto: Reprodução/Centalflorestal)


No entanto, agora estamos à beira de uma mudança muito mais radical, onde não será a inteligência de plantas e animais a serem suplantadas e subestimadas, mas sim a humana. Boa parte de nossas informações passarão a alimentar extensos bancos de dados que por sua vez são organizados através dos algoritmos que constroem perfis distintos para cada usuário. 

O cosmólogo e escritor Sueco Max Tegmark relata em um de seus livros inúmeras possibilidades de como poderiam ser as IAs e dentre elas existe mais benéfica/positiva e  àquela na qual distopia é inevitável. Mas para além disso, o escritor reflete a respeito de como se dará as relações do futuro a partir dessa tecnologia e como as pessoas passaram a desempenhar seus papéis através delas. 

É possível que empresas, governos e pessoas tirem proveito dessas mudanças de uma forma boa ou até mesmo no sentido de otimizar relações bem particulares que criaria em parcela significativa da sociedade segurança e tranquilidade para circular nas cidades, estados e países sem muitas restrições ou complicações que dificultem esses processos e que também não sejam forçadas a partir de sistemas de vigilância e punição. 

Mas existe um outro lado, no qual muitos não gostam ou evitam pensar que é o fato da tecnologia poder ser controlada por uma minoria da população que a utiliza apenas para satisfazer suas intenções. Por isso, é preciso criar mecanismos e instruções que corrijam essa postura no intuito de poupar o restante da sociedade desse processo homocrático. 

 

Foto de Destaque: Pixabay/Jornal.usp

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