Um grupo de pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah, na Arábia Saudita, realizaram estudos e estão avançando na criação de uma tecnologia que permite que os raios solares transmitam internet, como se fosse uma janela que detém a mesma função de um modem móvel.
Para que essa transmissão ocorra é necessário a filtração da luz natural que percorre pela janela de vidro conseguindo transferir dados com cerca de aproximadamente 15-16 Kbps. Por enquanto esse é o limite de banda larga alcançado, mas já é o suficiente para manter uma residência brasileira.
Para o professor da Universidade de Ciência e Tecnologia King Abdullah, Osama Amin, a intenção do projeto é: “Usar a luz solar sustentável para transmissão de dados, como uma opção verde para comunicações sem fio”. Além disso, nas janelas de energia contém persianas de cristal líquido (DLS) de célula dupla, que colaboram para polarizar a luz solar, o professor Amin fala que há um cabo Lan conectado na borda de vidro inteligente a chamada “A polarização organiza a direção da luz”. Ele explica também que a mesma reação acontece com os óculos de sol polarizados que conseguem filtrar só a parte útil para visão humana.
Um rapaz mexendo no celular na luz clara do sol (Foto: Reprodução/Freepik)
Esse é um passo muito importante para internet das coisas por se tratar de uma inovação: “A intenção é melhorar radicalmente esse número, mas por enquanto o sistema já pode ser usado para aplicações de IoT, porque os sensores precisam de uma taxa de dados baixa”, avalia o professor.
A pergunta que não quer calar é: todos os dispositivos estão prontos para essa nova tecnologia de internet solar?
O jornal europeu Euronews Next para qual os pesquisadores da King Abdullah concederam entrevista explica que essa inovação pode ultrapassar o compartilhamento da internet porque a janela modula a intensidade solar natural, permitindo assim codificar os dados da internet por meio da opacidade do vidro e ocasionando elementos codificados e decodificados. Isso pode acabar atrapalhando na conexão de outros dispositivos da casa como por exemplo uma televisão smart.
Foto Destaque: Um notebook sobre um gramado conectado em uma energia solar. Reprodução/Elysia