Organização de proteção animal acusa Neuralink de transportar patógenos ilegalmente

Sergio Gelio Por Sergio Gelio
3 min de leitura

Uma organização de proteção animal planeja pedir uma investigação ao governo dos Estados Unidos sobre a Neuralink, uma empresa de implantes cerebrais fundada por Elon Musk. O Comitê de Médicos para Medicina Responsável (PCRM) afirma ter evidências de que a Neuralink transportou patógenos perigosos de forma ilegal. Em uma carta enviada ao Departamento de Transportes dos EUA, o grupo afirma ter obtido emails e documentos que sugerem embalagens e movimentações inseguras de implantes retirados de cérebros de macacos, o que poderia ter levado à transmissão de doenças infecciosas.

Os incidentes envolvendo possíveis violações dos regulamentos de transporte de materiais perigosos aconteceram em 2019, quando a Neuralink colaborou com a Universidade da Califórnia em experimentos com primatas. Embora a parceria tenha terminado em 2020, o PCRM afirma que a empresa continua a empregar o neurocirurgião envolvido nos experimentos e outros funcionários também poderiam estar envolvidos.


Neuralink (Foto: Reprodução/RapMais)


A UC afirma que cumpre todos os regulamentos de risco biológico e de segurança de laboratório. O PCRM não identificou danos resultantes dos incidentes, mas afirma que as ações da Neuralink “podem representar um risco sério e contínuo à saúde pública”. Além disso, o grupo encontrou casos que descrevem funcionários da UC pedindo treinamento imediato de risco biológico para funcionários da Neuralink devido a preocupações de contaminação.

“Esta é uma exposição para qualquer um que entre em contato com o hardware explantado contaminado e estamos fazendo um grande alarde sobre isso porque estamos preocupados com a segurança humana”, escreveu o funcionário, cujo nome foi retirado dos registros”, escreveu um funcionário.

Durante sua parceria com a UC, a Neuralink ficou insatisfeida com o “ritmo lento” dos testes em primatas, e desde então construiu instalações internas para testes em animais. A empresa, no entanto, ainda não iniciou testes em humanos. A pressão para progredir pode ter contribuído para erros que afetaram alguns experimentos, de acordo com fontes da Reuters. Representantes da Neuralink e do Departamento de Transportes não comentaram sobre o assunto.

Foto destaque: Elon Musk. Reprodução/UOL

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