Guga Stocco, co-fundador da Futurum Capital e membro do board da Totvs, é o convidado do sexto episódio do /root, podcast oferecido pela Celcoin, infratech financeira para potencializar negócios. Durante a conversa, conduzida por Adriano Meirinho e Thiago Zaninotti, respectivamente CMO e CTO da Celcoin, o especialista em tecnologia e inovação fala sobre a atuação do Banco Central, tokenização, inteligência artificial e ChatGPT.
A inteligência artificial tem feito tudo caminhar mais rápido. Antes, não tínhamos capacidade para processar tamanha quantidade de dados e torná-los disponíveis. Hoje, temos. Segundo Stocco, quando uma tecnologia se junta a outra é que ocorrem os grandes saltos, pois novas tecnologias surgem a partir dessa fusão. “Essa junção é disruptiva e provoca muitas mudanças na vida das pessoas”, diz.
Para ele, terá vantagem competitiva quem conseguir coletar dados e treinar modelos rapidamente. No Brasil, questões legais e estruturais ainda impedem o avanço da tecnologia. “Não temos infraestrutura para treinar dados, mas também não podemos ficar para trás e depender de outros países. Se o ChatGPT fosse criado no Brasil, seria proibido pelas leis brasileiras”.
Existe limite para o uso da tecnologia?
Em resposta à provocação feita por Adriano Meirinho, co-fundador da Celcoin, Guga Stocco foi incisivo: “O meu filho, eu não deixaria”, respondeu sobre o uso do TikTok. Segundo ele, a plataforma foi criada com o objetivo de ser uma empresa de educação. Mas, a partir do momento que a estratégia começa pelo vício em dancinhas e segue direcionando conteúdos, por meio dos algoritmos, é muito ruim.
A tecnologia traz muitas coisas boas, mas também tem um lado negativo. “O uso em excesso faz com que não vivamos o mundo real e sejamos manipulados por algoritmos. Isso trará como resultado pessoas depressivas. A tecnologia tem que ser um alavancador do dia a dia e dos negócios, mas a vida não pode depender dela”, refletiu Stocco.
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