A Sonda solar Parker, que tem voado cada vez mais próxima ao Sol para descobrir os segredos da nossa estrela, chegou próximo o suficiente do Sol para realizar uma descoberta importante.
Os dados da Sonda Parker desvendaram a fonte do vento solar, fluxo de partículas energéticas que voam da Coroa (atmosfera quente do Sol) em direção ao nosso planeta.
A missão que recebeu o nome de Eugene Parker, foi lançada em 2018, com o principal objetivo de determinar como os ventos solares se comportam à medida que se formam no Sol e entender como essas ondas escapam da gravidade gigantesca da estrela.
Ao chegar a cerca de 21 milhões de quilômetros da estrela, os instrumentos da Sonda Parker captaram finas estruturas de vento solar formados perto da fotosfera, popularmente conhecida como a superfície do Sol, e analisaram detalhes efêmeros que somem conforme os ventos são soprados da Coroa.
A Sonda foi projetada para voar a uma distância de ao menos 6,4 milhões de quilômetros de altura em relação a superfície do Sol. No fim de 2021 a Sonda Parker se tornou a primeira missão a “tocar o sol”.
Ilustração da Sonda Solar Parker. (Reprodução:JHU Applied Physics Laboratory/NASA’s Goddard Space Flight Center)
A missão detectou partículas muito carregadas energeticamente que trafegam entre 10 e 100 vezes mais veloz que o próprio Vento Solar, fazendo com que os pesquisadores acreditem que o vento solar rápido é construído a partir da reconexão de campos magnéticos.
“Ela não vem só de todos os lugares em um buraco coronal; ela é subestruturada dentro de buracos coronais para essas células de supergranulação. A reconexão magnética vem desses pequenos feixes de energia magnética que estão associados com os fluxos de convecção. Creio que nossos resultados são fortes evidências de que é a reconexão que está fazendo isso”, explicou Stuart D. Bale, professor de física na Universidade da Califórnia e principal responsável pelo estudo.
Foto destaque: Sol e Mercúrio. Reprodução: Olhar Digital
