TikTok, Twitter e BeReal: o que esperar dessas redes sociais em 2023

Júnior Pereira Por Júnior Pereira
6 min de leitura

2022 foi um ano de muitas tendências no mundo digital. Além de novidades como os NFTs e o Metaverso, algumas redes sociais apareceram, como o BeReal, sofreram algumas mudanças – como o caso do Twitter que, sob uma gestão incendiária do magnata Elon Musk, sofreu mudanças bruscas – e outras seguiram crescendo, como o TikTok, que ofuscou grande parte das plataformas de Mark Zuckerberg, por exemplo.

Mas o que esperar dessas redes em 2023? Quais delas deve crescer ou perder espaço? Em entrevista ao Daily Mail, a pesquisadora Laura Toogood, especialista em informática social pela University College Dublin, da Irlanda, apontou os possíveis futuros do Twitter, TikTok e BeReal neste ano que se inicia. Confira abaixo:

Twitter


<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”und” dir=”ltr”> <a href=”https://t.co/X8Y1YEuS3C”>pic.twitter.com/X8Y1YEuS3C</a></p>&mdash; Elon Musk (@elonmusk) <a href=”https://twitter.com/elonmusk/status/1602389340763586561?ref_src=twsrc%5Etfw”>December 12, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>


Laura Toogood aposta que, no futuro, a rede social chegará ao seu fim, com a aquisição de Elon Musk: “O Twitter é uma das plataformas de mídia social mais estabelecidas atualmente, mas o cenário digital muda rapidamente e, mesmo os usuários mais engajados, podem se desligar caso uma plataforma não atenda às suas necessidades”, explica a pesquisadora.

Laura ainda salienta que o Twitter deve perder algumas posições de popularidade em 2023. Segundo ela, o comportamento de Musk tem trazido diversos sinais preocupantes para a plataforma, principalmente o aumento da propagação de discursos de ódio.

“A disseminação de conteúdo ofensivo é um tópico que está sendo o motivo para que algumas pessoas se desliguem da rede, enquanto alguns rebatem com o argumento de liberdade de expressão”, diz.

Após se tornar CEO da plataforma, Elon Musk demitiu funcionários que trabalhavam contra desinformação e discurso de ódio, além de recuperar contas que haviam sido banidas, como a do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, por exemplo. Além disso, segundo investigações do Centro de Combate ao Ódio Digital, nos EUA, o uso de calúnias racistas, homofóbicas, transfóbicas e xenofóbicas aumentaram significativamente depois que Musk assumiu.

TikTok


TikTok continuou crescendo em 2022. (Foto: Divulgação/TikTok)


O TikTok surgiu globalmente no cenário digital em 2018. De lá para cá o app ganhou cada vez mais força e hoje conta com mais de um bilhão de usuários em todo mundo. A plataforma é propriedade da ByteDance, com sede em Pequim, e foi projetada para que os usuários criem e compartilhem vídeos curtos.

Para a pesquisadora, a proposta do aplicativo continua promissora: “Para muitos criadores de conteúdo, é difícil resistir à oportunidade de criar um vídeo que pode se tornar viral e isso atrai multidões para o TikTok. Isso mostra que os algoritmos e a disseminação de conteúdo popular são cruciais para a sobrevivência e o sucesso de alguns aplicativos”.

Além disso, de acordo com o Wall Street Journal, a empresa chinesa se comprometeu a contratar 3 mil novos engenheiros nos próximos três anos, diferentemente do Twitter e do Meta, que estão demitindo diversos funcionários.

Contudo, apesar de continuar atraindo cada vez mais usuários ao redor do mundo, a empresa ainda tem grandes desafios pela frente. Há diversas acusações de que a rede espiona seus usuários e coleta dados confidenciais. Além disso, nos Estados Unidos, alguns estados como Indiana e Texas solicitaram que o aplicativo fosse banido por exposição de crianças a conteúdo adulto.

BeReal


BeReal foi uma das grandes tendências em 2022. (Foto: Divulgação/BeReal)


O aplicativo virou grande tendência no universo digital em 2022. Ao incentivar o compartilhamento de fotos ou vídeos espontâneos, o BeReal ficou no topo dos mais baixados em países como o Reino Unido e os Estados Unidos, frente a outras redes como Instagram e Snapchat. Contudo, a tendência para 2023 deve ser desaceleração.

Uma pesquisa do aplicativo PhotoAiD feita em dezembro de 2022 e que entrevistou mais de 900 usuários americanos apontou que o uso diário do BeReal reduz cada vez mais.

Segundo Laura Toogood, a popularidade do BeReal mostra um certo desejo dos usuários para que as postagens sejam mais autênticas e naturais. 

“Embora o uso de filtros em vários aplicativos sempre tenha sido popular, surgiu uma sensação de ‘excesso de curadoria’, em que o conteúdo se tornou muito fabricado, com postagens patrocinadas também dominando algumas plataformas”, afirma. 

No entanto, a pesquisadora também salienta que a necessidade do usuário mostrar sua melhor versão nas redes nunca desaparecerá, causando assim cuma desaceleração na popularidade do BeReal. Ela destaca ainda uma pesquisa que indica que 43% dos usuários do aplicativo o acessam três ou quatro vezes antes de publicar a “foto espontânea”.

Foto destaque: Redes sociais devem continuar crescendo em 2023. Reprodução/rawpixel.com/Freepik

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