Visão de um novo horizonte está por trás de óculos e drones lançados por Meta e Snapchat

Pablo Alves Por Pablo Alves
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Mark Zuckerberg mostrou , na semana passada, quando apresentou as fotos da primeira loja da Meta, na Califórnia, que seu objetivo é tornar a relação dos clientes com a empresa cada vez mais intima e afetiva através de uma experiência sensorial e física aos usuários da tecnologia. Na última segunda-feira, (2), o Snapchat, aplicativo desenvolvido por estudantes da Universidade de Stanford, e responsável por criar o famoso Snap, que lá em 2016 era só uma forma de enviar foto ou vídeo para uma rede social com prazo de expiração, agora mostrou para o mercado um novo device, o drone câmera fotográfica e filmadora, que foi batizado como Pixy.

Indo além da sua essência original que é a execução de serviços digitais, agora as duas empresas tem um foco mais claro quando o assunto é investimentos em equipamentos físicos e devices, e agora elas apresentam o resultado desses últimos anos de investimento, os óculos e os drones. Tudo começou quando Facebook, em 2014, antes de virar Meta, fez um aporte de R$ 2,3 bilhões na aquisição da Oculus, que na época produzia os óculos de VR (Realidade Virtual), da Rift.  

 A Snap também comercializa equipamentos, como em 2018, ao apresentar ao mercado o Spectacles. O óculos tira fotos e tem conexão direta, alem de interagir com os usuários do aplicativo. Dentro desse panorama, faz sentido investir em equipamentos duas empresas que até pouco tempo apostavam todas as suas fichas naquilo que as estruturou, o processamento dos dados.


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Autoridade em tecnologia e cultura maker, Pedro Gravena, evidencia que todas as companhias, até as mais digitais no cerne, desejam adquirir propriedades. “E a propriedade digital ainda não é levada em conta no mundo real. No caso do Facebook, se eles não têm o device que faz o Facebook chegar até vocês, eles podem ficar impedidos por quem tem. Aconteceu recentemente com a mudança de politica de privacidade da Apple que fez o Facebook perder bilhões. Com um device, a empresa faz o ciclo de ponta a ponta. Do serviço ao aparelho que entrega aquele serviço.”

“Com a entrada no NFT e certificados de propriedade digital, as coisas podem mudar. Já que o virtual passa a contar como um bem, e passa a ter lastro na vida real. Mas mesmo assim e relação real e virtual precisa ser um ciclo fechado. No final, você acaba indo a um caixa eletrônico trocar seus bitcoin que ganhou com NFT pra comprar um terreno, ou vai vender um terreno pra comprar NFT. Fato é que o ciclo sempre se fecha, com ou sem a presença de uma empresa de ponta a ponta. Mas todas querem ter o ponta a ponta”, finaliza Gravena.

Foto destaque: Reprodução/ModaParaHomens.

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