Fazenda de mineração de bitcoin no Texas causa doenças desconhecidas

Esther Feola Por Esther Feola
3 min de leitura
Foto Destaque: Fazenda de BitCoin causa doenças misteriosas no Texas (Reprodução/Pinterest/@Maholicious1)

Em meados de 2022, a cidade de Granbury, no Texas, teve de lidar com a entrada de uma fazenda de mineração de bitcoin, administrada pela Marathon Digital Holdings. Essas fazendas são constituídas por diversos supercomputadores, que não param de rodar e resolver problemas matemáticos, a fim de criar novas criptomoedas.

As histórias de doenças das vítimas

Desde o início das atividades da fazenda, segundo um estudo da TIME, alguns cidadãos começaram a passar por doenças e problemas de saúde enfraquecedora, como ocorreu com Sarah Rosenkranz, que tem que enfrentar enxaquecas, e sua filha, que está com sintomas de vertigem.

Larry Potters desenvolveu doenças cardíacas, hipertensão e depressão; e outra mãe narrou que sua filha de 8 anos perdeu parte da audição, e fluídos começaram a vazar de seus ouvidos.

Lamentavelmente, a lista de contaminados persiste, e alguns dos principais sintomas relatados são vertigens intensas e ataques epilépticos, fora outras doenças que infeccionaram os moradores.

Dentre os demais infeccionados, Geraldine Lathers relata pressão alta e vertigem recorrente, Tom Weeks recebeu o diagnóstico de embolia pulmonar, após passar noites acordado por conta dos barulhos; e além de ter sido diagnosticada com insuficiência cardíaca, Jenna Hornbuckle perdeu a audição em um ouvido.

Comunidade e vida verde afetadas

A perda de audição, e o alto som mencionado pelos moradores, se dá pelo fato de que, os computadores para mineração de bitcoin produzem, no período noturno, ruídos de 70 a 90 decibéis; sendo que sons acima de 55 decibéis já podem danificar a audição, conforme a Agência Europeia do Meio Ambiente.


Ventiladores resfriam os servidores nas instalações do Bitcoin dos EUA nas Cataratas do Niágara (Foto: Reprodução/Geoff Robins/Getty Images Embed)


Segundo o médico otorrinolaringologista Salim Bhaloo, o ruído que a mineradora produz aumenta os níveis de açúcar e cortisol, ocasionando em dores de cabeça, vertigem, e a piora do estado.

Ademais, pesquisas mostram que a exposição à poluição sonora por longo período pode gerar prejuízos cardiovasculares importantes, o que já foi confirmado por pesquisadores como o alemão Dr. Thomas Münzel, que trabalha como cardiologista.

Além das pessoas, os cachorros também vem sofrendo com estresse crônico, e árvores centenárias estão sendo perdidas.

Para diminuir o impacto, a comunidade vem procurando soluções políticas e legais, para o cotidiano ser menos abalado, todavia, os cidadãos veem encontrando adversidades.

A empresa responsável pela administração da mineradora, a Marathon Digital Holdings, respondendo às dúvidas da sociedade civil, relatou que os ventiladores responsáveis pela refrigeração dos computadores serão modificados, até o final deste ano, por algo mais silencioso.

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