Donald Trump suspendeu as restrições impostas à China para exportação de software de design de chips e produtos de etano. A decisão foi tomada durante reunião em Londres, na semana passada. Pequim também analisará concessões sobre terras raras. O entendimento entre os dois países representa um alívio para o mercado global.
Acordo reflete positivamente nas empesas
As empresas Synopsys, Cadence Design Systems e Siemens, que são três das maiores desenvolvedoras de software de automação de design eletrônico (EDA) do mundo, informaram nesta quarta-feira (2) a restauração do acesso aos seus softwares e tecnologias para os seus clientes na China.

O presidente americano está enviando cartas aos produtores de etano visando rescindir a exigência de licenciamento restritivo imposta às exportações para a China entre maio e junho.
Os Estados Unidos haviam adotado medidas de restrição aos desenvolvedores de software EDA e aos produtores de etano, como retaliação à suspensão das exportações de terras raras e ímãs imposta pela China no mês de abril.
A queda de braço entre EUA e CHINA
As retaliações impostas por ambos os lados causaram grande tensão entre as indústrias e no mercado global. Pequim retaliou suspendendo as exportações de terras raras (elementos químicos essenciais para a produção de tecnologia moderna), em resposta às restrições dos EUA. Essa atitude da China afetou as cadeias de suprimento de montadoras de automóveis, fabricantes aeroespaciais, empresas de semicondutores e empreiteiras militares. A questão quase colocou em xeque o acordo comercial bilateral.
O Ministério do Comércio da China afirmou nesta sexta-feira (27) que, após diálogo com os Estados Unidos, ambos confirmaram um acordo. A China analisará os pedidos de exportação de itens controlados pelo país, enquanto os EUA se comprometeram a cancelar as medidas restritivas.
“Os EUA intensificaram para depois aliviar. Eles impuseram restrições a muitos outros itens para fazer com que os chineses recuassem em relação às terras raras”, de acordo com uma fonte familiarizada com as discussões dentro do governo dos EUA.
A tensão global entre os EUA e a China tem dado sinais de diminuição. À medida que os acordos avançam, o cenário comercial pode retornar ao patamar observado entre fevereiro e março, segundo a mesma fonte.