Seguindo o embate que os Estados Unidos e a empresa chinesa ByteDance vêm passando sobre a permanência do aplicativo TikTok no país, o presidente Donald Trump aumentou o prazo para vender os ativos estadunidenses do aplicativo para um vendedor que não seja chinês, para 75 dias. Caso não seja cumprido, o aplicativo passará por uma proibição seguindo uma lei do país de 2024.
Relação dos EUA com a China
Nesta sexta-feira (4), Trump disse que o acordo precisa ser mais trabalhado, a fim de garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas, o que não seria possível com a data que determinou em janeiro, que encerraria hoje (5).
O presidente informou desejar continuar “trabalhando de boa fé” com a China, e disse saber que eles não estão contentes com as tarifas recíprocas altíssimas que estabeleceu para o país.
Após o “tarifaço” imposto por Trump, a China é o local com a tarifa mais alta de produtos importados pelos EUA, sendo cobrado 54%.
As tarifas da China podem ser reduzidas, caso ocorra um acordo com a ByteDance, o que pode ocorrer através ed quatro grupos distintos, não sendo divulgados quais são, que buscam um trato com o TikTok.
Plano de Trump para o TikTok
A negociação sobre o que ocorrerá com o aplicativo no país é liderada pela Casa Branca. O plano visa que os maiores investidores não chineses aumentem suas participações, além de possuírem as operações do TikTok nos Estados Unidos.
Fontes relataram para a Reuters planejado ainda a criação de uma entidade estadunidense para a rede social, e que a participação chinesa no novo negócio fique abaixo do limite de 20% estabelecido pela legislação dos EUA, o que poderia “salvar” o TikTok de ser proibido no país.
As discussões na Casa Branca estão sendo lideradas por Susquehanna International Group e General Atlantic, de Jeff Yass e Bill Ford, respectivamente, representados no conselho da ByteDance. Segundo um repórter da ABC News em mídia social, o Walmart também está considerando juntar-se ao grupo de investidores para um acordo com o aplicativo.
O governo chinês não aprovou quaisquer acordos, e Pequim não falou publicamente para a permissão da venda do TikTok, o qual também não respondeu de imediato ao indagarem sobre.