Durante entrevista concedida no último domingo (29) ao programa Sunday Morning Futures with Maria Bartiromo, da emissora Fox News, Donald Trump, presidente em ofício dos Estados Unidos, disse ter encontrado possíveis compradores para o TikTok. Atualmente, o aplicativo está sob domínio da empresa chinesa ByteDance e passa por turbulências com o governo americano.
Segundo o presidente, o grupo é formado por pessoas descritas por ele como ricas e suas identidades devem vir a público nas próximas duas semanas. Trump ainda indicou que o acordo depende da aprovação do governo chinês, dizendo que o presidente Xi Jinping provavelmente irá aprovar a venda.
Legislação exige venda
A venda obrigatória do TikTok nos Estados Unidos decorre de uma lei aprovada em 2024, que determinou um prazo até 19 de janeiro de 2025 para a venda dos ativos. Caso não ocorresse, havia um risco alto de banimento do aplicativo do país. Esse prazo já foi estendido um total de três vezes por Donald Trump, com a extensão mais recente para 17 de setembro. O mandatário argumentou que há uma falta de processo significativo nas tratativas.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Getty Images Embed)
Tentativas de acordos
Na primavera do hemisfério norte, surgiu uma possibilidade de acordo, onde seria criada uma nova empresa com sede nos Estados Unidos e com controle total de investidores locais, mas as negociações foram encerradas antes que pudessem se concretizar. Entretanto, isso ocorreu após a China sinalizar resistência para a aprovação da operação, especialmente em virtude das declarações de Trump sobre aumentar as tarifas para produtos produzidos e vendidos pela China.
Embora haja tensões nas negociações geopolíticas entre os dois países e o aplicativo seja uma questão sensível em seu governo e entre os eleitores dos EUA, o presidente norte-americano reconhece o papel do TikTok, em especial entre a geração mais jovem.
Até o momento, a empresa ByteDance não se pronunciou oficialmente acerca da proposta de venda de Donald Trump.