26ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ movimenta positivamente a economia da cidade de São Paulo

Maria Júlia Freitas Por Maria Júlia Freitas
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Assim como de costume em todos os anos do evento, a 26ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ foi realizada em São Paulo no último domingo (19), e arrastou uma multidão para a Av. Paulista. O melhor de tudo foi a incrível movimentação que trouxe para a economia da cidade com o aumento turístico. 

A pesquisa Perfil e Satisfação de Público Parada LGBT+ 2022, feita pelo Observatório do Turismo da cidade de São Paulo, constatou que o gasto médio por turistas na cidade, por pessoa, foi de R$ 1.881,84 – 15% a mais do que o ano de 2019, quando houve o último evento antes da pandemia. No caso do gasto médio por pessoa durante o evento, foi de R$132,30 – 7,5% a mais que 2019. Ao todo, a pesquisa entrevistou 1.233 no dia da Parada. 

Após dois anos sem este grande evento por conta da pandemia, a festa contou com 19 trios elétricos e trouxe participações que levaram o público à loucura. Artistas como Mc Pocahontas, Ludmilla, Pabllo Vittar, Luiza Sonza, entre outros, marcaram presença em uma das – se não a maior – festa LGBTQIA+ do mundo. Os desfiles se iniciaram na Av. Paulista e encerraram na Praça Roosvelt, no Centro da cidade.  

Além dos gastos, a pesquisa realizada também mostrou que a porcentagem de turistas presentes passaram dos 40% no total de participantes do evento. 12,3% eram das cidades da região metropolitana de São Paulo e 14,5% veio do interior do Estado. Turistas vindos de outros Estados do país totalizaram 13,6%, onde a maioria veio do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Santa Catarina. Ademais, turistas de outros países somaram 0,7%. A pesquisa também afirma que 58,9% dos foliões presentes eram moradores da própria capital paulista.


Show da cantora Ludmilla no evento (Foto: Reprodução/Instagram)


De acordo com as pessoas participantes do evento, 37,4% se declararam gays, 18,3% bissexuais, 4,7% pansexuais e 18,6% lésbicas. Estes registros também foram realizados pela pesquisa, de acordo com as entrevistas realizadas por todo o evento. 

Sobre a identidade de gênero de quem estava na Parada, 86,3% se consideraram cisgêneros, 5,4% não-binário, 3,6% homens trans, 2,4% mulheres trans e 2,3% travestis. Além da diversão totalmente garantida para todos que ali estavam, o evento também tem como objetivo a reinvindicação dos direitos e transmitir as lutas diárias, que pessoas do público LGBT+ enfrentam todos os dias. 

No ano de 2020, com diversos óbitos por causa do vírus da Covid-19 e a pandemia que parou o mundo, a Parada LGBT+ não pôde ocorrer em questão da situação atual da época. Já no ano de 2021, os organizadores do evento deram um jeito para que os admiradores da festa não ficassem mais uma vez sem essa incrível comemoração. Sendo assim, as apresentações aconteceram de maneira remota e contou a participação de diversos internautas durante as lives, que ficaram muito contentes. 

A presença de muitas pessoas influentes nesta luta, que estiveram ali cantando, animando e também transmitindo mensagens de apoio foi algo importante para todos os presentes. O Brasil ainda é o lugar que mais mata pessoas LGBT+ no mundo inteiro. Todos os dias casos como estes ocorrem em diversas partes do país. Ainda é preciso muito para melhorar esse quadro, mas a forte representatividade que o evento traz para todos é necessário ser mantida. 

 

Foto destaque: Parada do Orgulho LGBT+ 2022. Reprodução/Notícias do Brasil

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