Extravio de bagagens em aeroporto quase dobra de 2021 para 2022

Rodrigo Salzano Por Rodrigo Salzano
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O número de bagagens extraviadas em aeroportos quase dobrou na comparação de 2021 para 2022. Em um estudo realizado pela Sita, empresa de tecnologia focada na indústria da aviação, devido a escassez de funcionários e superlotação nos aeroportos após a pandemia são os principais fatores para que houvesse esse aumento significativo no número, mesmo após anos seguidos de queda de ocorrências.

O relatório publicado na última terça-feira (16), chamado de “2023 Baggage IT Insights”, utilizou dados das companhias aéreas e da Iata empresa que representa e serve diversas empresas do ramo, 7,6 a cada mil passageiros tiveram as suas malas extraviadas em 2022, um aumento de 74,7% ao registrado em 2021.

Deste número, 80% foram frutos de atrasos, em que as malas se perderam no caminho mas foram encontradas e devolvidas. 7% do total sofreu de peças perdidas ou roubadas e os outros 13% tiveram a bagagem danificada.


Cerca de 20% das babgagens extraviadas são danificadas ou roubadas. (Reprodução/Bigstock)


O estudo também fornece os motivos que levam ao extravio da bagagem. Em 2022, cerca de 42% das ocorrências acontecem no momento da troca de aviões, durante uma conexão aérea, muitas vezes por atraso nessa transferência. Outras 18% de todas as malas extraviadas ocorrem por uma falha no carregamento das bagagens.

Diferente do que aconteceu nas últimas duas décadas, o cenário de 2022 não manteve a constante queda neste número. Com grandes investimentos em rastreamento e segurança dentro e fora dos aeroportos, esse índice de extravio de bagagem resultava em queda ano após ano. Em 2021, ele foi 59,7% menor do que em 2007, por exemplo. A Sita concluiu no seu relatório que a melhor solução para diminuir os casos deste problema começa por um investimento em programas e tecnologias que consigam deixar o sistema de automação do despacho e transferência das bagagens cada vez mais eficientes.

A substituição do trabalho humano por inovações tecnológicas é algo cada vez mais comum no setor aéreo. Serviços de autoatendimento em guichês de companhias aéreas no aeroporto, em que o passageiro realiza todos os procedimentos no despache da bagagem, está presente em 96% das companhias aéreas e em 72% dos aeroportos, com uma meta de que todo esse serviço de despache de bagagem seja feito estilo self-service até 2025.

 

Foto destaque: Malas em uma esteira. Reprodução/iStock

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