Festival Folclórico de Parintins: Conheça a batalha dos bois

Eleonora Gonzalez Por Eleonora Gonzalez
3 min de leitura

O Festival Folclórico de Parintins está na 56ª edição e ocorre de 30 de junho a 2 de julho, a festa é muito importante economicamente para a cidade, atraindo muitos turistas, este ano com previsão de 20% de aumento.


Festival de Parintins, no Amazonas (Reprodução/Secom)


De acordo com Marcos Apolo, secretário de cultura e Economia Criativa do Amazonas, informou:

“Devemos receber mais de 120 mil pessoas na ilha, mais do que dobrando o número de pessoas que moram aqui, que gira em torno de 110 mil.”

“Isso aquecerá a economia e está gerando oportunidade de renda para muita gente.”

O Festival acontece no Bumbódromo, que fica no centro de Parintins, Amazonas, o evento começou em 1913, e derivou do bumba-meu-boi do Maranhão e ganhou características do Amazonas. As festas de boi são chamadas de celebrações.

Na celebração do bumba-meu-boi, no Maranhão, era predominante entre os negros, em 1861, foi proibida por sete anos, nesse período, em 4 de julho de 1866, entrou em vigor pela Lei Provincial, em seu artigo quarto “proibia a realização de batuques fora dos lugares permitidos pelas autoridades competentes”.

E com a volta dos folguedos, tinham que pedir autorização da polícia para poder sair nas festas juninas, ocorreu entre 1876 a 1913.

A manifestação ocorre em vários locais com nomes diferentes:

Boi de reis: Ceará, no Natal.

Boi de São João: Ceará, na Festa Junina.

Boi-calemba: Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Boizinho: Rio de Janeiro e São Paulo, no Carnaval.

Boi de jacá: São Paulo.

Boi-pintadinho: Rio de Janeiro.

Boi de mamão: Santa Catarina e Paraná, no Natal.

Conheça os personagens do bumba meu boi:

Brincantes: é o público em geral.

Boi: é o principal e o enredo gira em torno dele. A pessoa que conduz o boneco é chamada de miolo.

Casal: Pai Francisco e Mãe Catirina representam os escravizados (em algumas versões, os trabalhadores rurais).

Dono da fazenda: é o proprietário do boi.

Vaqueiro, índios e caboclos: são os personagens secundários da história, eles ajudam na procura do boi.

Músicos: os personagens são acompanhados por bandas de diferentes ritmos. O Maranhão, por exemplo, tem a tradição dos chamados sotaques, grupos folclóricos de diferentes estilos musicais.

Conforme o conto popular, Catirina e Francisco são um casal de escravos numa fazenda no sertão, e na gravidez de Catirina teve o desejo e comer a língua de boi mais bonito do dono da fazenda, assim, Francisco mata o boi. O dono da fazenda furioso jura vingança, e por fim pajé ressuscita o boi, e para comemorar o fazendeiro promove a festa.

Foto destaque: Festival Parintins. Reprodução/Festival Folclórico de Parintins

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