Câmara dos deputados argentina aprova plano de reforma econômica de Milei

Aprovado na terça-feira (30) pela Câmara dos Deputados da Argentina, o amplo plano de reforma econômica proposto pelo presidente Javier Milei obteve apoio legislativo em uma votação geral, enquanto alguns artigos importantes do megaprojeto de lei também foram respaldados, enquanto a votação dos detalhes do texto prossegue.

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Um dos motivos da existência da proposta

O projeto de lei, almejado pelo libertário Milei para atrair investimentos e conter a inflação em meio à crise no país sul-americano, será encaminhado ao Senado para aprovação individual de seus artigos.

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Milei, um economista libertário que ascendeu politicamente no ano anterior prometendo reformas radicais, conta apenas com uma minoria no Congresso, mas angariou apoio de aliados na Câmara dos Deputados após meses de negociações e concessões sobre o pacote de reformas, previamente rejeitado no Senado em fevereiro.

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A deputada conservadora Victoria Borrego afirmou que esse apoio vai permitir que o presidente Javier Milei governe, referindo-se à capacidade do presidente de obter respaldo político.

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Reforma econômica vai enfrentar a oposição no Senado

O pacote de reformas, que enfrentará maior oposição no Senado, concede ao Executivo autoridade para reestruturar ou privatizar órgãos públicos, simplificar a burocracia para atrair investimentos e ajustar as regulamentações trabalhistas.

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Ainda será votado um pacote fiscal separado, prevendo aumento de impostos para trabalhadores com rendimentos elevados, proposta fortemente contestada por sindicatos locais, e drástica redução na taxa sobre bens pessoais.

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Com uma inflação anual próxima a 300%, a Argentina busca reduzi-la por meio de austeridade, medida que já impactou o consumo, a indústria e a atividade econômica, enquanto a pobreza cresce, corroendo os rendimentos reais.

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Santiago Cafiero, membro da oposição peronista e ministro do governo anterior, criticou nas redes sociais a lei, dizendo que é uma legitimação de um projeto que não resolve os problemas da população, nem a pobreza, tampouco a hiperinflação.

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