Bolsonaro cria projetos que modifica o conceito de legítima defesa e terrorismo

O presidente Jair Bolsonaro revelou nesta sexta-feira (25), durante cerimônia do Ministério da Justiça, que irá enviar ao Congresso Nacional projetos que modificam situações consideradas legítima defesa, inclusive as que envolvem agentes de segurança, e altera a lei de terrorismo.

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Em 2019, ano em que o Governo Bolsonaro assumiu, já havia acontecido o envio do pacote anticrime que propunha alterações na legislação penal ao congresso. As propostas eram a ampliação das situações que configuram excludente de ilicitude (determinadas situações podem levar à isenção da pena).

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Segundo o Código Penal, atualmente, as causas excludentes de ilicitude são: casos de legítima defesa; estado de necessidade e no estrito cumprimento do dever legal.

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Ao anunciar o projeto, Bolsonaro disse: "Devemos trabalhar e buscar o entendimento entre os poderes para que, no futuro, espero que não demore muito, o policial, ao cumprir sua missão vá para casa repousar, reencontrar-se com a sua família, e no dia seguinte, receber uma medalha e não a visita de um oficial de justiça. A vida dessas pessoas se decide em fração de segundos, é uma classe especial, e nós temos que ter consciência disso".

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O Presidente Jair Bolsonaro presente em evento do Ministério da Justiça, nesta sexta-feira (25). (Foto: TV Brasil/Reprodução)

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O governo de Jair Bolsonaro tem como objetivo a inclusão de um artigo que sirva para prever que a legítima defesa seja considerada para evitar o ato ou a iminência de ato, ou de terrorismo, no Código Penal.

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Também há a proposta de que na legislação tenha um parágrafo que afirma "considera-se exercício regular de direito a defesa da inviolabilidade do domicílio".

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Por meio de outra mudança, a intenção é reduzir as situações em que se considera excesso no direito à defesa, condição que pode impedir a isenção de pena.

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A proposta diz "continuar empregando meios para de defesa, de si ou outrem, mesmo tendo cessado a agressão" só passa a ser considerado excesso se comprovada a intenção de causar lesão mais grave ou morte ao agressor.

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Especialistas: "Licença para matar"

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Felippe Angeli, gerente de relações institucionais do Instituto Sou da Paz, diz que o conjunto de projetos dão a entender "uma grande licença para matar".

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"Claramente você vai contra a ordem constitucional, porque o valor jurídico da vida é muito superior ao do patrimônio", argumenta Angeli.

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O jurista Wálter Maierovitch classifica as propostas de Bolsonaro como um "incentivo" para que policias "possam agir sem receio, possam matar".

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"Os policiais em ação vão ter esse juízo que eles mesmo vão fazer e evidentemente vão deixar de lado os requisitos básicos de uma legítima defesa, como o próprio nome indica, tem que ser legítima", acrescenta Maierovitch.

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Terrorismo

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O governo pretende alterar os termos de definição do crime de terrorismo para incluir atos realizados "com o emprego premeditado, reiterado ou não, de ações violentas com fins políticos ou ideológicos".

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O trecho da lei, argumenta que, nestas condições, é terrorismo "atentar contra a vida ou a integridade física da pessoa", seria alterado para "atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa ou contra o patrimônio público ou privado".

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Angeli se diz preocupado com a combinação das propostas e afirma: "Se o policial ver uma pessoa com arma, pode atirar. Se ver alguém cometendo um ato de terrorismo, pode atirar, e este terrorismo pode significar danos patrimoniais e por aspecto ideológico. É ser um juiz executor, é a barbárie, é um cheque em branco para a polícia".

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O jurista Maierovitch questiona: "Em uma classificação decente, honesta de terrorismo, o que existe? Existe uma violência política e religiosa, que não é evidentemente o caso de algumas manifestações. Na realidade, o que se quer é criminalizar movimentos sociais".

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Foto Destaque: Jair Bolsonaro. Reprodução/Gov.br

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