Brasil deve aderir ao TPI contra Vladimir Putin, segundo especialistas

Nesta quarta-feira (13), o Ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que o governo pode deixar o Estatuto de Roma, acordo criado para lidar processar indivíduos por crimes contra a humanidade, de guerra, e genocídio. Isso consistiria na não-adesão do Brasil ao Tribunal Penal Internacional (TPI), que expede os mandatos de prisão de acordo com a corte estabelecida por essa acordo.

Ver artigo completo

O êxito do país foi posto em consideração devido às declarações, durante a cúpula do G20 na índia, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Putin: "O que eu posso dizer é que, se eu for presidente do Brasil e se ele for para o Brasil, não há porque ele ser preso."

Ver artigo completo

Tal manobra, no entanto, possui diversas controvérsas, incluindo a questão da constitucionalidade.

Ver artigo completo

Ver artigo completo

A fala do presidente Lula gerou grande discussão sobre a posição do Brasil em relação à Rússia. (Foto:Reprodução/Sajjadd Hussain/AFP)

Ver artigo completo

Cláusula pétrea

O Brasil aderiu ao TPI em 2004, na Constituição, pela Emenda 45. Isso foi dois anos após o Tribunal de Haia (órgão internacional que avalia crimes contra a humanidade) ser estabelecido pelo Estatuto de Roma, e significa que a adesão pode ser considerada como cláusula pétrea, não podendo ser alterado por Propostas de Emenda à Constituição (PECs).

Ver artigo completo

"É um tribunal essencial na defesa dos direitos humanos. Nada justifica o Brasil sair do TPI, a não ser bajular Putin," disse o jurista Miguel, um dos que considera que a cláusula não poderia ser alterada por uma emenda.

Ver artigo completo

Já na segunda-feira (11), quando o presidente Lula recuou da resposta dada sobre o caso, a Sylvia Steiner, única brasileira que integrou como parte do Tribunal Penal Internacional, também afirmou que “se Vladimir Putin ou qualquer outra pessoa alvo de mandado de prisão entrar no território brasileiro, é obrigação constitucional prender e entregar ao TPI.

Ver artigo completo

Ver artigo completo

Encontro de Lula e Putin em Moscou, 18 de outubro de 2005. (Foto:Reprodução/Yuri Kadobnov/AFP)

Ver artigo completo

G20 de 2024

Toda esta deliberação ainda tem foco na possibilidade do presidente russo Vladimir Putin, acusado de crimes de guerra devido ao conflito iniciado na Ucrânia, comparecer ao G20 em 2024, que será sediado no Brasil.

Ver artigo completo

Não aderir ao TPI devido a este caso singular se baseia também ao encontro que está previsto para ocorrer antes, na reunião dos Brics, também em 2024, que deverá ser sediada na Rússia. Porém, especialistas políticos advertem que se posicionar contra o Estatuto de Roma e o Tribunal de Haia pode gerar um mal precedente para futuros casos de crimes contra a humanidade.

Ver artigo completo

Foto Destaque: Presidente russo Vladimir Putin possui um mandato de prisão do TPI. Reprodução/World Economic Forum/Flickr

Ver artigo completo

Gostou deste story?

Aproveite para compartilhar clicando no botão acima!

Esta página foi gerada pelo plugin

Visite nosso site e veja todos os outros artigos disponíveis!

Notícias do Brasil e do Mundo ao vivo | InMagazine