O Rio Sena, um dos cartões postais de Paris, será despoluído para se tornar palco das modalidades olímpicas em 2024. A recuperação do rio é uma aposta dos do Comitê Olímpico Internacional (COI) para o evento que acontecerá na capital francesa a partir de julho do ano que vem.

A previsão é que algumas modalidades, como o triathlon e a canoagem, sejam disputadas sob as águas do Sena que atravessam Paris. Para os organizadores, fazer do rio palco para os Jogos Olímpicos de 2024 deixará o evento marcado na história, visto que, há mais de 100 anos é proibida a entrada de banhistas no Rio Sena.

Vista aérea de como ficará Paris durante as Olimpíadas de 2024 (Foto: reprodução/COI)

Investimento que ultrapassa 1 bilhão de euros

A obra, que já se encontra em construção há quatro anos, é composta pela idealização de um reservatório que funcionará como uma espécie de ‘piscinão’. Nele, as águas residuais que atualmente são ejetadas sob o Rio Sena, serão transferidas a este espaço constituído em formato cilíndrico com 34 metros de profundidade e 50 metros de largura e, sua capacidade será equivalente a de 20 piscinas olimpíadas, suportando até 45 mil metros cúbicos de água.

Para a despoluição do rio cartão postal da cidade parisiense, foi necessário um investimento de 1,5 bilhão de euros. A estimativa é que a obra seja concluída na próxima primavera europeia, no segundo trimestre de 2024.

Como funcionará

Atualmente, o Sena funciona como uma “válvula de escape” de ejetamento do esgoto de Paris, uma vez que, em períodos de grandes quantidades de chuvas, as tubulações que transportam os resíduos da população não suportam a quantidade de água. Assim, grande parte dos dejetos acabam sendo despejados no rio, causando sua poluição que o torna impróprio para banho.

O novo projeto, portanto, idealiza que os resíduos sejam desviados diretamente para este reservatório, o ‘piscinão’, que armazenará a água e a liberará aos poucos para o sistema de esgoto. Dessa forma, as águas só chegarão ao Rio Sena depois que tiver passado pelo tratamento.

Foto destaque: Vista da Torre Eiffel em Paris, capital da França (Reprodução/WallspapersMug)