A Microsoft recentemente obteve o registro de uma patente para um aplicativo de inteligência artificial voltado para terapia. Conforme delineado no documento da empresa, a tecnologia é caracterizada como "um método para oferecer suporte emocional durante uma sessão entre um usuário e um agente conversacional".
Conforme relatos do portal Futurism, o aplicativo foi concebido com o objetivo de proporcionar apoio emocional aos usuários, analisando seus sentimentos e emoções. Além disso, ele armazena informações e diálogos para construir uma "memória do usuário", incluindo diversos aspectos de sua vida e gatilhos emocionais.
A Microsoft também está convencida de que a inteligência artificial tem a capacidade de realizar análises psicológicas mais aprofundadas. Os usuários têm a opção de realizar um "teste psicológico explícito" por meio do aplicativo, e a empresa afirma que esse teste será avaliado por um "algoritmo de pontuação elaborado por especialistas em psicologia ou em domínios psicológicos".
A aplicação de chatbots para serviços psicológicos continua a ser um tema controverso. A Microsoft, para garantir a funcionalidade e segurança de um aplicativo desse tipo, terá que superar vários desafios, especialmente em relação ao potencial de confusão que os bots podem causar. Além disso, questões éticas significativas precisam ser consideradas. Similar a um terapeuta humano, é provável que o bot seja obrigado a notificar às autoridades ou serviços de saúde especializados comportamentos perigosos ou perturbadores.
Charge sobre tratamento pisicológico pela internet (Foto: reprodução/Carolina Ito/Revista Trip UOL)
O psicólogo Marcos Raul de Oliveira, enfatiza que a trajetória irreversível da inteligência artificial na psicologia e pesquisa em saúde mental apresenta cenários ainda não completamente explorados. Ele destaca a importância de reconhecer que, embora a IA possa ser uma ferramenta complementar valiosa, não deve substituir o julgamento clínico e a interação humana. Especialmente em diagnósticos de saúde mental, que frequentemente envolvem nuances e contextos individuais desafiadores, capturados apenas de maneira limitada por algoritmos.
Matéria por Yasmin Henrique (Lorena R7)
Foto Destaque: cérebro humano em uma IA dentro de um computador (Reprodução/Neuroscenter)
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