Governo utiliza redes sociais para auxiliar a retomada de vacinação

Helena Espírito Santo Por Helena Espírito Santo
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Nesta terça-feira (24), o Ministério da Saúde lançou um projeto para combater as fake news e, de forma preventiva, explicar as consequências da propagação dessas falsas notícias com o apoio do governo federal. O projeto interministerial foi denominado “Saúde com Ciência”.

Isto ocorreu devido ao surgimento e avanço constante das redes sociais, que trouxeram também a disseminação de notícias falsas (Fake News), muito presente em correntes e grupos de Whatsapp e, consequentemente, contaminando ainda a área da saúde, principalmente nas vacinas. Afirmações como de que elas “causam” doenças como câncer, aids ou diabetes são muito presentes e obviamente prejudica na saúde da população brasileira. O caso mais recente envolvendo as vacinas foram durante a pandemia em 2020, em relação às vacinas lançadas para combater covid-19, em que era dito que ela poderia gerar modificações na corrente sanguínea ou até mesmo no DNA.

 

Objetivo

Esta iniciativa tem como objetivo principal fazer com que os brasileiros voltem a se vacinar e, em decorrência disso, retomar o crescimento da cobertura vacinal do país. O início do declínio daqueles que aderiam a vacina, ocorreu principalmente por conta da covid-19, há cerca de dois anos atrás, quando se registrou uma piora.

O Ministério da Saúde e a Secretária de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Ciência e Tecnologia e Inovação e da Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU) coordenam a estratégia interministerial.

 

Estratégia

A solução se trata de uma parceria do governo com as redes sociais TikTok, Kwai, YouTube e Google, que disseminarão conteúdos e aqueles que se interessarem serão direcionados para páginas do Ministério da Saúde e quando os usuários realizarem buscas relacionadas ao tema, ainda será gerado uma espécie de chatbot tira-dúvidas no WhatsApp, em parceria com a Robbu e a Meta.

“O Brasil, até pouco tempo atrás, era reconhecido internacionalmente por um presidente que fazia questão de dizer que não tinha se vacinado. E hoje volta a ter um protagonismo e respeito internacional.”, afirmou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta.


Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência. (Foto: reprodução/Câmara dos Deputados/O Globo)


Toda essa estratégia faz parte do programa “Saúde com Ciência” que é constituído por cinco fatores: cooperação, comunicação estratégica, capacitação, análises e responsabilização. Além das parcerias com as redes sociais citadas, o programa pretende ações em campanhas direcionadas, criação de canais de comunicação, acordos com veículos de comunicação e parcerias com plataformas digitais.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, logo destacou na divulgação do programa que mesmo que haja avanços científico e tecnológico, e a capacidade de produção de imunizantes, os brasileiros precisam se conscientizar, se não todo esse esforço não valerá a pena. “Sabemos que a desinformação está em todas as áreas, mas, quando se trata de saúde e vacina, isso nos afeta de maneira drástica e coloca em risco a saúde da nossa população”.


Nísia Trindade Lima, ministra da Saúde (Foto: reprodução/ Wikipedia)


Vale salientar que doenças como sarampo e poliomielite, que já foram cessadas do país, retornaram e assombram a população jovem do pais.

Foto Destaque: lançamento do programa “Saúde Com Ciência” no YouTube (Reprodução/YouTube/ Ministério da Saúde)

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