Crianças doentes são evacuadas de Gaza em meio à guerra

Caroline Barbosa Por Caroline Barbosa
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Nesta sexta-feira (10), a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que cerca de 12 crianças com câncer ou doenças sanguíneas foram retiradas de Gaza juntamente com familiares para o Egito e Jordânia, para continuarem seus tratamentos em segurança, com recursos médicos.

O sistema de saúde em meio à guerra

Nesta terça-feira (07), autoridades da Jordânia comunicaram que crianças em tratamento chegariam ao país. O Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude e a OMS trabalharam com autoridades de Israel, Egito, Palestina, Jordânia e Estados Unidos para facilitar a evacuação em segurança.

Os hospitais que oferecem tratamentos a pacientes oncológicos em Gaza estão “sobrecarregados, com falta de recursos, expostos a ataques e, devido à insegurança, forçados a fechar“, segundo a OMS. Durante o início do ataque à Israel, eram cerca de 100 pacientes encaminhados por dia para tratamento fora de Gaza.


Os palestinos estão fugindo dos ataques do exército israelense em Gaza. Foto: Reuters

                                                                 Palestinos saindo do norte de Gaza em busca de local seguro (Foto: reprodução/Reuters)


Sem recursos básicos

Com o conflito sem cessar-fogo, há falhas em recursos básicos para a população de Gaza, como o sistema de distribuição de água potável, distruibuição de combustível havendo a interrupção do recolhimento de resíduos hospitalares, o que pode ocasionar proliferação de contaminações para pacientes e profissionais. “Todas as partes no conflito devem cumprir as suas obrigações ao abrigo do direito humanitário internacional de proteger os civis e as infraestruturas civis, incluindo os cuidados de saúde. A OMS apela libertação incondicional de todos os reféns e por um cessar-fogo humanitário para evitar mais mortes e sofrimento“, afirmou a Organização em comunicado.

A Cruz Vermelha também pediu cessar-fogo do conflito, nesta sexta-feira (10). “Sobrecarregado, com recursos escassos e cada vez mais inseguro, os sistema de saúde de Gaza atingiu um ponto de não retorno que põe em perigo a vida de milhares de pessoas feridas, doentes e deslocadas”, declarou o chefe da subdelegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Gaza, William Schomburg. 

O ataque terrorista iniciado no dia 7 de outubro pelo grupo Hamas, deixou cerca de 1400 mortos em Israel, segundo autoridades.

Foto destaque: prédios destruídos na Faixa de Gaza (Reprodução/Arhmad Hasaballah)

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