Aumenta número de afogamentos nas praias de SP e RJ

Magda Costa Por Magda Costa
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Com o aumento nos casos de afogamento nas praias paulistas nos últimos três anos, foram contratados cerca de 1.000 guarda-vidas temporários para atuarem no próximo verão, que será entre dezembro e março.

Somente de janeiro a outubro, houve um aumento de mais de 34%, com 1.872 ocorrências registradas, com mais da metade dos atendimentos de 2023 registrados nos três primeiros meses do ano.

Ocorrências aumentaram em SP e no RJ

As ocorrências de afogamentos não são uma exclusividade de São Paulo. No Rio de Janeiro também foi registrado um aumento de 43%.

Em setembro, foram 243 casos contra 49 registrados no mesmo período do ano passado, e um dos motivos para o aumento das ocorrências é que o inverno e a primavera tiveram temperaturas mais altas. Considerado um mês de baixa estação, em São Paulo houve quase 5 vezes mais ocorrências do que em setembro de 2022.


 

Afogamento

O jovem Michel, de 17 anos, foi com a família do amigo Gustavo para o Guarujá, para estrear suas novas pranchas. Michel começou a se afogar e Gustavo pediu para que ele o segurasse, mas veio uma forte onda que puxou Gustavo, e um buraco se abriu embaixo de Michel.

Michel relata que na hora que estava a um metro para alcançar Gustavo, veio uma onda alta e cobriu os dois, e quando a onda passou, ele perdeu Gustavo de vista.

A prancha de Michel se partiu e Luiz Gustavo conseguiu pegar e, em seguida, o Corpo de Bombeiros resgatou Luiz Gustavo. “Eu subi na prancha e fui gritando com ele que tinha outro menino lá. Ele me deixou no raso e voltou para achar o Michel”, relembra.

O resgate

Michel foi finalmente resgatado após alguns minutos de busca, graças ao instinto do cabo Lemos, já que não se ouviam gritos de socorro de Luiz Gustavo.

Michel sofreu um afogamento de grau 6, o mais grave, quando acontece parada cardiorrespiratória.

A médica Rayssa, que estava na praia no momento do salvamento, juntamente com outro médico e os guarda-vidas, fizeram sessões de massagem cardíaca e respiração para tentar reanimar Michel. Em algum momento a médica chegou a dúvidar se iria dar certo.

Michel voltou a respirar na quarta massagem, após ficar parado por cerca de dez minutos, relembrou Luiz Gustavo.

Algumas pessoas que participaram do resgate de Michel acreditam que ele tenha ficado cerca de  18 minutos sem respirar. Segundo o tenente Nery, nessa situação, 96% das vítimas vão a óbito.

Alertas

Os bombeiros alertam os banhistas para os cuidados ao entrar no mar e a atenção às placas de indicações sobre correntezas, além de evitar o consumo de bebidas alcóolicas.

O outro alerta emitido pelo tenente Nery é sobre o uso de boias ou pranchas, pois elas dão uma falsa sensação de segurança que, na verdade, ao cair em uma corrente de retorno, a pessoa será puxada para o fundo sem perceber.

Outra dica é sempre procurar um guarda-vidas ao chegar à praia.

 

Foto destaque: Bombeiros promovem atividades para prevenção de afogamentos. (Reprodução: divulgação/Corpo de Bombeiros)

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