Já passa de 100 o número de funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) mortos nos bombardeios na Faixa de Gaza. Desde 7 de outubro, já foi atingindo um total preocupante de 102 mortos, incluindo dois novos casos registrados em 9 de novembro, conforme relatado pela Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA) nesta segunda feira (13), que atua no enclave.
Registros
“Nas últimas 24 horas, um funcionário da UNRWA foi morto com a sua família no norte da Faixa de Gaza devido a ataques”, afirma a Agência.
Esta cifra representa o maior registro de fatalidades entre os trabalhadores da ONU em conflitos desde a fundação da organização, em 1945, abrangendo uma variedade de profissões, como professores, psicólogos e médicos. Adicionalmente, durante o mesmo período, 27 funcionários ficaram feridos.
“Este é o maior número de trabalhadores humanitários mortos num conflito na história das Nações Unidas”, destaca a UNRWA.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que, entre 8 e 9 de novembro, 243 palestinos foram mortos por bombardeios aéreos, a maioria em residências. O total de vítimas na Palestina atingiu 10.818, com 26.905 feridos. A guerra provocou o deslocamento forçado de mais de 1,5 milhão de pessoas, metade abrigada em 151 instalações da ONU, incluindo áreas evacuadas por Israel. Os bombardeios, que persistem desde o início do conflito, atingiram 57 edifícios da ONU, englobando escolas e hospitais, agravando ainda mais a situação humanitária.
Bombardeio na Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Evelyn Hockstein/REUTERS)
Relatos
A UNRWA relatou que alguns funcionários morreram em filas para obter alimentos, enquanto outros foram vítimas de ataques aéreos e terrestres em suas residências, durante ações conduzidas por Israel.
Em solidariedade, os escritórios da ONU globalmente baixaram suas bandeiras a meio mastro, e os funcionários prestaram um momento de silêncio na segunda-feira, homenageando os colegas perdidos em Gaza, de acordo com comunicado oficial.
Foto destaque: Bandeira da ONU a meio mastro em Genebra. (Reprodução/Denis Balibouse/REUTERS)