Instagram e Facebook são usados como pontos de venda de falsificações de grife

Priscila Simões Por Priscila Simões
3 min de leitura

Em recente pesquisa realizada pela empresa de análise de mídia social Ghost Data e que foi compartilhada com a Reuters, apresenta falsificadores vendendo imitações de marcas de luxo como Gucci, Louis Vuitton, Fendi, Prada e Chanel, utilizando como mecanismos de suas transações fraudulentas perfis falsos no Instagram e Facebook.

No relatório é possível observar mais de 26 mil contas falsificadas ativas atuando pelo Facebook, enquanto no Instagram o número de contas falsas chega a mais de 20 mil. Fazendo um comparativo com o ano de 2021, os registros apontam crescimento mas ainda estão abaixo do pico de 2019 quando na ocasião foram registradas cerca de 56 mil contas falsificadas.

No pico em 2019, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estimou que o comércio global de produtos falsificados chegou a US$ 464 bilhões, e que desde que se instaurou a pandemia no mundo, em 2020, vem apontando crescimento exponencial nessas comercializações desses produtos.


Meta diz que removeu cerca de 1,7 milhão de peças falsificadas das redes. (Foto:Lionel Bonaventure/AFP)


Com isso, a Meta empresa responsável pelo Facebook, está tentando diversas alternativas para impedir que os comerciantes fraudulentos permaneçam com suas negociações de luxo falsificadas, principalmente porque a empresa está cada vez mais sendo utilizadas como plataforma para as negociações eletrônicas.

Algumas empresas prejudicadas por essas comercializações utilizam da investigação particular para conseguir ter algum domínio sobre essas práticas. O diretor da empresa de investigação privada Kroll, Benedict Hamilton, relatou sobre como o contrabando age nos meios atuais, “Facebook e Instagram são os principais mercados onde produtos falsificados são vendidos. Costumava ser o eBay há 10 anos e a Amazon há cinco anos”.

Sobre a situação, marcas como Chanel, Gucci e Prada revelaram que esses acontecimentos tiraram do ar centenas de milhares de postagens de mídia social em 2021, mas não esclareceram quais foram as medidas da Meta em relação a isso. Já a LVMH, que é dona da Vuitton e da Fendi não se pronunciaram sobre caso, vale ressaltar que a empresa relatou ter gasto US$ 33 milhões para combater a falsificação.

Em meio ao sigilo sobre o procedimento da Meta no combate às práticas ilegais, em relatório recente da empresa consta que foram retirados 1,2 milhão de peças falsificadas do Facebook entre janeiro e junho de 2021, e que no Instagram chegou a meio milhão de peças.

A empresa apresenta também em relatório que removeu 283 milhões de conteúdos do Facebook que violam regras de falsificação ou violação de direitos autorais, e cerca de 3 milhões no Instagram, antes de serem denunciados por marcas ou antes de serem lançados.

Imagem Destaque: Facebook e Instagram. SOPA Images/Getty Images

 

Deixe um comentário

Deixe um comentário