CBF diz que autoridades sabiam do clássico com torcida mista

Editoria Imag Por Editoria Imag
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CBF afirmou que a Polícia Militar e as autoridades públicas estavam cientes da preparação do clássico com torcida mista. A Confederação argumentou que a abordagem sem separação de torcedores seguiu o padrão adotado em competições organizadas pela FIFA e CONMEBOL, enfatizando que não se tratava de um modelo criado ou imposto pela CBF.

Em um comunicado divulgado à imprensa às 3h54 da madrugada de quarta-feira, a CBF justificou a realização do jogo contra a Argentina sem divisão de torcidas, apesar dos incidentes violentos que mancharam a reputação das partidas realizadas no Brasil.

Veja o que aconteceu durante o jogo

Durante o confronto, ocorreu uma briga generalizada, resultando na detenção de pelo menos sete pessoas, posteriormente liberadas mediante o pagamento de multa por transação penal no juizado instalado dentro do Maracanã. A partida foi classificada como “bandeira vermelha”, o nível máximo de risco adotado em jogos no Rio de Janeiro.


Briga generalizada entre as torcidas do Brasil e Argentina (Foto/Reprodução/umdoisesportes)


Apesar disso, não houve uma ordem específica para a separação dos torcedores. A CBF informou que os planos de ação e segurança foram aprovados sem ressalvas pelas autoridades presentes, incluindo a Polícia Militar RJ, SEPOL, Ministério Público, Juizado do Torcedor, Guarda Municipal, entre outros.

A entidade destacou que a primeira reunião, realizada em 16 de fevereiro de 2023 na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), não contou com representantes da própria CBF. Na reunião, ficou decidido que os torcedores argentinos seriam direcionados para o setor Sul, mas sem acesso exclusivo, seguindo o padrão de jogos entre clubes.

Não foi a primeira vez de torcida mista entre Brasil e Argentina

A CBF observou que outros confrontos entre Brasil e Argentina, incluindo a semifinal da Copa América de 2019, também foram disputados com torcida mista, reforçando que esse não é um modelo inventado ou imposto pela entidade nacional do futebol. A nota sublinhou que o plano de ação e segurança foi elaborado considerando a classificação do jogo como vermelha e a presença de torcida mista, envolvendo a atuação de 1050 vigilantes privados e mais 700 policiais militares do RJ.

Em sua nota oficial, a Secretária de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro enfatizou que a ausência de divisão de torcidas ocorreu devido à venda indiscriminada de ingressos, decisão tomada pela organização do evento, e que o Batalhão Especial de Policiamento em Estádios (Bepe) interveio nos casos em que a situação não foi prontamente controlada pela equipe de segurança privada.

Foto destaque: Brasil e Argentina se enfrentado nas eliminatórias. (Foto/Reprodução/Reuters)

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