O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta última sexta-feira (18), que a taxa de desemprego no país caiu para 11,2% no trimestre encerrado em janeiro. O mesmo período em 2021 registrava uma taxa de 14,5%.
Uma queda de 0,9 ponto percentual comparando ao semestre anterior (agosto, setembro e outubro) e marcou a menor para o período desde 2016, além de estar abaixo da expectativa que era de 11,4%.
O mercado vem se recuperando aos poucos das últimas crises econômicas e principalmente pelos danos causados pela pandemia mundial da COVID-19 desde 2020. Mesmo assim o número de desempregados no Brasil chega a 12 milhões de pessoas. Sendo ainda assim 6,6% menor que o registrado no trimestre encerrado em outubro, que representa 858 mil pessoas a menos e 18,3% sob a mesma época em 2021.
Vacinação e reação da economia
A coordenadora do IBGE, Adriana Beringuy, atribuiu a melhora ao avanço da vacinação. “A taxa que abre 2022 já está bem distante da de 14,5% em abril de 2021. Isso é reflexo da vacinação avançando, da flexibilização das restrições e da reação da economia”, destacou Beringuy.
O setor de comércio foi o grande representante desta alta no mercado de trabalho neste período. “A expansão do comércio indica a manutenção da tendência de crescimento dessa atividade, principalmente a partir do segundo semestre de 2021” acrescentou Beringuy.
O avanço no total de pessoas ocupadas subiu 1,6% sobre o trimestre anterior, com registro de 95,428 milhões de pessoas empregadas, que é um avanço de 9,4% em relação a 2021.
Já a informalidade caiu e a renda média do brasileiro também.
Vendedor ambulante nas praias cariocas. (Foto: Reprodução/G1)
No trimestre até janeiro deste ano, a informalidade chegou a 38,5 milhões de trabalhadores, que representam 40,4% dos trabalhadores ocupados. Mas é menor que a do trimestre anterior (40,7%) e maior que a do mesmo período no ano passado (39,2%).
Já a renda média caiu 1,1% em relação ao último trimestre e 9,7% comparada a 2021, ficando na média de R$ 2.489. Embora haja expansão da ocupação e mais pessoas trabalhando isso não está se revertendo em crescimento no rendimento da população, graças as altas na inflação.
Foto Destaque: Reprodução/CorreioBraziliense