“Toda a região de Kiev foi libertada”, afirma Ucrânia

Sofia Rojas Barbosa Por Sofia Rojas Barbosa
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A vice ministra da Defesa Ucraniana, Ganna Maliar, anunciou a recuperação de controle na região de Kiev após a retirada das forças russas de perto das cidades próximas à capital. 

As localidades de “Irpin, Bucha, Gostomel e toda a região de Kiev foram libertadas do invasor”, afirmou Maliar no Facebook.

Ao menos 200 habitantes foram mortos em Irpin desde o inicio da invasão russa, segundo o prefeito, Oleksandre Markuchin. Os Serviços de Emergência notificaram 643 artefatos explosivos que foram desativados desde a retomada da região. As operações de remoção de minas ainda estavam em andamento no sábado (2).

A Agence France Presse (AFP) foi até Bucha neste mesmo sábado e entrevistou o prefeito, Anatoly Fedorouk; o mesmo comentou que quase 300 pessoas tiveram de ser enterradas em valas comuns, tanto em Bucha, quanto no noroeste de Kiev.

A região de Bucha estava com a entrada impossibilitada para a imprensa há quase um mês.


Ruas de Bucha após ataques Russos. Foto: Ronaldo Schmedit / AFP 


Embora a Rússia tenha descrito a retirada de tropas perto da capital ucraniana como um “gesto de boa vontade” nas negociações de paz, o secretário geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou à CNN que a retirada das tropas russas de Kiev não se trata de uma retirada real, mas sim de uma redistribuição e reposicionamento que podem ser seguidos de novos ataques.

De acordo com Stoltenberg, as forças russas estão sendo reabastecidas e rearmadas, e por conta disso, não é possível “ser muito otimista”.

 “Os ataques vão continuar e também temos preocupações de ataques maiores nas regiões leste e sul”, disse à CNN.


Jens Stoltenberg em discurso para a Otan em fevereiro. Foto: CNN


Ele afirmou que a guerra deve acabar que é responsabilidade do presidente Vladmir Putin finalizar esse conflito. Também defendeu que ocorra investigação do Tribunal Penal Internacional para a avaliação de possíveis crimes na guerra na Ucrânia.

 

 

 

 

Foto em destaque: Membro da força de Defesa Territorial Ucraniana. Reprodução/ CNN

 

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