Um fenômeno que acompanhava os avanços tecnológicos ganhou impulso com a pandemia da covid-19: o mercado digital. Com as restrições, empresas e população geral precisaram migrar para o ambiente online para manter o contato com o resto do mundo. Essa transformação trouxe também oportunidades para quem buscava uma nova profissão, vender os próprios serviços ou mesmo compartilhar o conhecimento.
Dados da Câmara Brasileira de Economia Digital apontam que as vendas do e-commerce cresceram 35% em 2021 na comparação com o ano anterior. Se comparados os anos de 2020 e 2019, o crescimento foi de 68%, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Os números apontam crescimento e, principalmente, possibilidades de construir carreira no setor, que necessita cada vez mais profissionais qualificados.
“De 2019 para cá o mundo digital, principalmente no Brasil, acelerou as possibilidades que nasceram da internet. As empresas tiveram que migrar com força para o digital”. É o que explica o CEO da Escola Players, Valerio Dyas. “Antigamente era feita no um a um. A pessoa passava na frente da sua loja e você vendia no mundo físico. Passou a ter uma pessoa vendendo isso online”, completa.
CEO da Escola Players, Valerio Dyas (Foto: Reprodução/Divulgação)
Essa mudança impulsionou a procura por profissões que supram a demanda de serviços digitais, como Gestores de Mídias Sociais, de Tráfego e Copywriters – redatores publicitários com foco na persuasão na venda digital. “O gestor de tráfego, por exemplo, investe um valor no Google, no Facebook e faz a sua loja aparecer para a pessoa certa, para quem essa loja vende, o público-alvo. Essas são as três top profissões do digital hoje”, pontua Valerio Dyas.
Para quem pensa que essas carreiras são inacessíveis, o executivo esclarece que não é bem assim. “O necessário é, pelo menos, um computador ou um notebook para aplicar esse tipo de trabalho. Tem gente que vende na internet que dá para fazer com o celular, mas eu sou super contra. Não acredito que dá para construir uma empresa ou um império digital só com o celular, mas se consegue hoje com cursos online, mais acessíveis, com preços indo de R$500 a R$2 mil”.
E essa qualificação não demanda um longo prazo, segundo Valerio Dyas. “Eu já vi gente começando e nos primeiros três meses, até no primeiro mês, já teve resultado. Até porque as empresas realmente estão precisando de pessoas qualificadas. E na escola Players a gente qualifica essas pessoas para conseguir prestar esse serviço para empresas locais, no Brasil tanto quanto fora do Brasil. Hoje eu diria que não tem nem 10% do mercado dominado e 90% das empresas estão procurando pessoas qualificadas para prestar esse serviço digital”.
Essa equação de muitas ofertas de vagas e poucos profissionais qualificados também é um atrativo para quem procura uma carreira rentável, de acordo com o CEO. “É assustador. Eu já vi gente entrar na escola Players, que tem o primeiro curso ali que custa R$497 e nos primeiros 10 dias já fazer R$1 mil, R$2 mil, R$3 mil com a internet começando do zero. A pandemia acelerou muito a busca por profissionais e o mercado brasileiro não estava preparado para suportar tanta demanda do digital.”
Esse investimento, porém, não se limita àqueles que querem buscar uma nova profissão, mas também pode auxiliar quem quer se firmar numa área em que já atua. “Um fisioterapeuta, um treinador de academia, por exemplo, que tem o conhecimento, consegue transformar isso num curso, com método, e consegue usar o digital para vender esse conhecimento”, explica o Valério Dyas.
“Qualquer pessoa consegue começar com um notebook ou um computador e acesso à internet e vontade de fazer acontecer. Além das pessoas que querem se qualificar e seguir uma nova profissão com ganhos que superam os das profissões tradicionais, também existe a possibilidade de vender, rentabilizar o seu conhecimento.”, completou.
Foto destaque: Mulher trabalhando home office. Reprodução/Divulgação