Nesta segunda-feira (25), a Rússia comunicou a expulsão de 40 funcionários diplomatas alemães como resposta à medida tomada por Berlim no início de abril.
Em 4 de abril, após o choque mundial pela divulgação de imagens de civis mortos nas ruas de Bucha, na Ucrânia, o governo da Alemanha expulsou do país 40 diplomatas russos.
O ministério russo disse ter enviado uma carta ao embaixador da Alemanha informando sobre a decisão, afirmando ser uma “resposta coerente” ao país.
A carta em protesto falou sobre a declaração da ministra Annalena Baerbock:
“um número significativo de membros da embaixada russa, indesejáveis que trabalharam todos os dias aqui na Alemanha contra nossa liberdade, contra a coesão de nossa sociedade”
No entanto, o ministério de relações exteriores da Rússia se opôs às “insinuações” da ministra sobre os acontecimentos da Ucrânia.
Em contrapartida, Baerbock diz que os funcionários russos expulsos eram espiões e não diplomatas e que a expulsão dos alemães pela Rússia não se justifica.
Estação ferroviária em Krasne, na Ucrânia, é atingida por bombardeio. (Foto: Maksym Kozytskyi via Telegram/Twitte)
A Terceira Guerra Mundial está por vir?
O ministro das Relações Exteriores da Russia, Sergei Lavrov, afirmou que o conflito com a Ucrânia pode resultar em uma Terceira Guerra Mundial, “é real, não se pode subestimá-lo” disse Lavrov sobre o cenário atual.
Falou ainda que a entrega de armas à Ucrânia por países ocidentais, significa que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) está “envolvida em uma guerra contra a Rússia”, e que Moscou via essas armas como legítimos ataques.
Por outro lado, o chanceler federal alemão, Olaf Schol, disse que a prioridade é evitar que a Otan seja arrastada para o conflito “não pode haver uma guerra nuclear” e enfatizou que fará o possível para evitar um agravamento que possa levar a uma Terceira Guerra Mundial.
Foto Destaque: Frota Russa do Mar Negro Sergei Malgavko/TASS/Getty Images