No final do primeiro ano de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus ministros enfrentam críticas pela não realização de projetos anunciados. Um deles, o “Voa Brasil”, idealizado para baratear passagens aéreas, sofreu reviravoltas políticas com a troca de ministros.
A promessa de bilhetes a R$ 200 para grupos específicos, como estudantes e aposentados, foi adiada para 2024, conforme anunciado em coletiva pelo atual ministro Silvio Costa Filho.
Direitos trabalhistas em pauta
Outro ponto de destaque foi a iniciativa do governo em criar um acordo sobre direitos trabalhistas entre motoristas e entregadores de aplicativos e as plataformas, como Uber, 99, e iFood. O grupo de trabalho instituído em maio não alcançou consenso entre as partes envolvidas, deixando mais de 1,6 milhão de trabalhadores sem amparo de seguros sociais.
As negociações, especialmente com os aplicativos de entrega, apresentam impasses, com o governo ameaçando intervir para garantir regras mínimas e direitos aos trabalhadores.
Fila do INSS e orçamento insuficiente
O compromisso do presidente Lula em acabar com a “vergonhosa fila do INSS” foi destacado desde o discurso de posse. No entanto, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, apontou a insuficiência orçamentária em abril para concretizar essa promessa.
Em julho, o governo editou uma medida provisória, criando o Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS), que se transformou em lei em novembro. Apesar disso, mais de 1,5 milhão de pessoas aguardavam análise de benefícios assistenciais ou previdenciários em setembro.
Desde seu discurso de posse, o presidente Lula tem enfatizado seu compromisso em eliminar a “vergonhosa fila do INSS” (Foto: Reprodução/Folha)
O primeiro ano do atual governo foi marcado por desafios na implementação de projetos anunciados, gerando críticas e dúvidas sobre a capacidade de cumprir as promessas feitas. O segundo ano se inicia com pendências e a expectativa de que as ações do governo avancem para atender às demandas da sociedade.
Foto destaque: Ao término do primeiro ano de governo, o presidente Lula e seus ministros enfrentam dificuldades em impulsionar algumas das propostas inicialmente anunciadas (Reprodução/BRASIL DE FATO)
