O mais recente comandante do São Paulo, Thiago Carpini, já delineou sua estratégia para otimizar o potencial do colombiano James Rodríguez. Desde seu ingresso no clube, no último sábado (13), onde supervisionou o primeiro jogo-treino da temporada, o treinador de 39 anos não hesitou em identificar a função específica do meio-campista e traçou como pretende impulsionar seu desenvolvimento.
“James tem uma função mais específica, os outros temos alternativas, um leque de funções. O Lucas faz mais de uma função. O Luciano faz mais de uma função, o Rato…O Ferreira mais no pé contrário. E o James talvez seja mais o meia, meia. O 10 centralizado, que tenhamos de adaptar para fluir o que ele tem de melhor”, afirmou o treinador durante sua apresentação.
Paralelo com a experiência com Nenê
Com a experiência de ter conquistado o vice-campeonato da Série B com o Juventude, Carpini traçou um paralelo entre a situação do colombiano e a do veterano Nenê. Recordando os ajustes necessários para transformar nenê em protagonista durante a busca pelo acesso, o técnico procura replicar esse sucesso adaptativo com James Rodríguez no São Paulo.
Carpini destacou a importância de compreender o adversário, de analisar cada competição e de manter o foco claro no objetivo principal. Ele enfatizou a necessidade de discernimento e sabedoria para tomar as melhores decisões em relação aos jogadores e às estratégias de jogo.
Desde sua chegada no último fim de semana, Thiago evita afirmar categoricamente se o camisa 19 ocupará a posição de titular ao longo da temporada:
“Impossível te responder isso (se James é titular). Tivemos um dia de treino, vamos definir o plantel para os jogos. Não tem como dizer se esse é titular ou não. Vai jogar um jogo, vamos intercalando. Se eu fosse definir 11, impossível fazer isso num treino. E não é isso que acredito. Não é dessa maneira que eu trabalho. Dentro do todo, do coletivo, vamos ter sempre essa característica”, declarou.
James Rodríguez durante treino do São Paulo (Foto: reprodução/Instagram/@saopaulofc)
Estilo de jogo
Carpini, vice-campeão paulista com o Água Santa no ano anterior, durante um ano de notável destaque profissional, detalhou em sua entrevista coletiva a preferência por um estilo de jogo específico para suas equipes.
O treinador expressou sua preferência por um jogo impositivo, baseado na posse de bola e evitando estratégias de bola longa. Destacou a importância da organização na saída de bola para minimizar riscos, buscando velocidade, superioridade numérica no setor ofensivo e verticalidade. Além disso, enfatizou a cobrança por competitividade, buscando um equilíbrio em todas as equipes que dirigiu.
“O Água Santa ficou muitos jogos sem sofrer gols, o Juventude também. Cobro muito esse encaixe alto, para que a bola chegue de maneira mais disputada à nossa última linha. Uma compactação, mais ajustado, mas sem abrir mão de ter a bola. Falar é muito fácil, mas é a maneira como vejo futebol. Claro que em alguns momentos na minha trajetória não poderia jogar de igual para igual com algumas equipes, mas queria me reinventar um pouco e jogar de maneira mais competitiva. Com o São Paulo, dependendo da situação, talvez precise sofrer um pouquinho também, mas dentro de tudo isso a gente não abre mão daquilo que a gente se prepara no dia a dia”, completou.
Preparação rápida para os desafios
Com um prazo limitado para preparação, Carpini enfrenta seu primeiro desafio em breve. O São Paulo estreia no Campeonato Paulista no próximo sábado (20), às 20h (horário de Brasília), contra o Santo André, no Morumbis. A primeira oportunidade de conquistar um título ocorrerá na Supercopa, com um confronto marcado contra o Palmeiras, em Belo Horizonte no dia 4 de fevereiro.
Foto Destaque: Thiago Carpini durante sua apresentação (reprodução/ Instagram/ @saopaulofc/ @tcarpini)