Em decisão que permitirá que o governo argentino tenha mais tempo para aplicar as reformas fiscais necessárias e até mesmo potencialmente negociar um novo programa com o Fundo Monetário Internacional, conhecido pela sigla FMI, será permitido que a Argentina adie por dois meses a última revisão de seu empréstimo no valor de 44 bilhões de dólares. A informação foi fornecida por fontes com conhecimento direto do assunto.
País atualmente passa por crise
Recentemente, tanto o governo do país, que atualmente enfrenta uma crise inflacionária, quanto o FMI, com o adiamento da última revisão do pacote atual, que inicialmente estava prevista para setembro e agora será adiada para novembro, as fontes que passaram a informação pediram para não serem identificadas porque a informação não é de conhecimento público.
Um fator que ajuda a entender essas datas é que tanto os países quanto o fundo em si estão sujeitos a um cronograma de revisões sobre o progresso, que, uma vez assinadas pelo conselho executivo do FMI, desencadeiam o desembolso de parcelas de financiamento.
Conselho do FMI deve se reunir na quarta-feira
Existe uma expectativa de que o conselho executivo do FMI se reúna na quarta-feira, quando deve ser assinada a prorrogação, assim como o financiamento do valor de 4,7 bilhões de dólares. O tempo adicional, de acordo com uma das fontes, vem para garantir que o país sul-americano cumpra seus objetivos, embora a quantidade de revisões não tenha sido alterada, e essa prorrogação não deve representar um novo financiamento.
Duas fontes chegaram a afirmar que o último relatório deve expressar novamente que o programa com a segunda maior economia da América do Sul saiu significativamente dos trilhos, principalmente depois de o país não atingir as metas de acumulação de reservas internacionais e a redução do déficit fiscal primário.
O FMI agora aguarda algumas das promessas de Milei, como a revisão fiscal, assim como a conclusão de audiências públicas sobre os preços da energia e a compra de volta da dívida do governo, que atualmente é mantida pelo banco central, bem como a resolução da dívida externa.