Cinco das principais empresas de mídia social estarão em Washington nesta quarta-feira (31) para testemunhar em uma audiência do Comitê Judiciário do Senado sobre segurança infantil. O grupo enfrentará os parlamentares para falar sobre seus esforços na proteção dos adolescentes que utilizam seus serviços.
Grupo de peso
O grupo será composto por Mark Zuckerberg, CEO da Meta; Evan Spiegel, CEO da Snap; Shou Chew, CEO da TikTok; Jason Citron, CEO da Discord; e Linda Yaccarino, CEO do X (antigo Twitter). Eles irão enfrentar os legisladores e discutirão seu histórico de exploração infantil em suas plataformas. Isso ocorre num momento em que o Congresso dos Estados Unidos está cada vez mais atento às plataformas de mídia social.
A medida visa proteger os jovens e adolescentes, à medida que surgem cada vez mais evidências sobre como as redes sociais podem prejudicar a saúde mental dos jovens e disseminar conteúdos muitas vezes prejudiciais, com o cyberbullying sendo um dos temas a serem debatidos na audiência.
Embora no passado tenham ocorrido audiências com o mesmo propósito, estas não demonstraram resultados claros. Esta será a primeira vez em que Spiegel, Yaccarino e Citron serão ouvidos diretamente para abordarem a segurança de suas redes.
Chew já foi ouvido anteriormente em uma audiência que, na época, teve grande visibilidade midiática. Os legisladores questionaram sobre o histórico de segurança do TikTok e suas ligações com a China no passado, chegando até mesmo a ameaçar o banimento do aplicativo nos Estados Unidos, num momento de alta tensão entre os dois países.
CEO da Meta deve ser um dos mais pressionados
Zuckerberg, que já tem certa prática com esse tipo de audiência, deve ser o mais pressionado pelos legisladores. Documentos do processo alegaram que a Meta fez vista grossa para crianças menores de 13 anos que estavam utilizando seu serviço e que a empresa fez pouco para impedir que adultos assediassem sexualmente crianças e adolescentes no Facebook. Esta deve ser a acusação mais grave debatida na audiência.
O caso continuará por um tempo, já que, mesmo após audiências anteriores, as redes nunca demonstraram claramente quais medidas foram tomadas para melhorar a proteção de menores de idade que usam seus produtos.