Nesta sexta-feira (6), a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) cancelou a homenagem que a deputada estadual Letícia Aguiar (Progressistas) concederia na próxima segunda (9), ao ex-jogador de vôlei Maurício Souza, acusado de homofobia nas redes sociais.
Para quem não se lembra, o atleta foi demitido do Minas Tênis Clube no ano passado, após várias críticas de patrocinadores da equipe com relação a postagens feitas por Souza onde criticava a orientação sexual de um personagem de histórias em quadrinhos, no caso, a bissexualidade do filho do Super-Homem. Na ocasião, o atleta também foi desvinculado definitivamente da Seleção Brasileira, para onde era constantemente convocado, desde 2013.
Após a repercussão do caso, Maurício anunciou sua entrada no mundo político e se filiou ao PL (Partido Liberal) de Belo Horizonte, por onde deve se candidatar a deputado federal, pelo estado de Minas Gerais nas eleições que ocorrerão em outubro de 2022.
Deputada Leticia Aguiar (Progressistas) Créditos: Secom/Alesp
Foi por este motivo, inclusive, que sua honraria foi negada. Segundo o gabinete da parlamentar, a decisão foi comunicada pela Mesa após um Parecer da Procuradoria da Casa que apontou que o Colar de Honra ao Mérito Legislativo, maior honraria da Alesp, não pode ser concedido em ano de eleição a um pré-candidato declarado. De acordo com a Procuradoria da Alesp, outras homenagens a pré-candidatos também já foram barradas neste ano pelo mesmo motivo.
Por meio de nota, a deputada se pronunciou dizendo que “recebeu com surpresa e indignação ofício da Mesa Diretora da Alesp indeferindo o pedido de disponibilização do Colar de Honra ao Mérito Legislativo para o atleta olímpico” e acusou de que a revisão aconteceu por medo, pois em comum, ambos apoiam o atual Presidente da República, Jair Bolsonaro.
Foto Destaque: Maurício Souza durante as Olimpíadas de Tóquio. Créditos: Reprodução/Instagram