Segundo dia de julgamento de Daniel Alves tem foco em consumo de álcool excessivo

Defesa tenta promover linha de argumentação que ameniza responsabilidades do acusado

06 fev, 2024
Foto Destaque: Daniel Alves em segundo dia de julgamento (Reprodução/Europa Press/Uol)
Foto Destaque: Daniel Alves em segundo dia de julgamento (Reprodução/Europa Press/Uol)
homem está de cabeça baixa e mantem os olhos levantados

Nesta terça-feira (6) foi realizado o segundo dia do julgamento de Daniel Alves, acusado de estuprar uma mulher no banheiro de uma boate, em dezembro de 2022. Foram ouvidas 20 testemunhas, dentre elas sua esposa e amigos. O principal foco da defesa foi o consumo excessivo de álcool no dia pelo acusado, em uma tentativa de abrandar a pena em caso de condenação. Ainda não há previsão para a sentença final.

Julgamento no Tribunal de Barcelona

O segundo dia foi marcado pelos depoimentos da esposa de Daniel, Joana Sanz, três funcionários da boate Sutton, 11 policiais, a mãe da denunciante e o policial que gravou em vídeo a denúncia no dia do ocorrido. As testemunhas da defesa se concentraram em ressaltar a embriaguez do acusado, que, segundo os amigos ouvidos e guardas da boate, teria bebido mais do que todos e estava “fora de si”. O diretor da boate também reforçou o argumento, alegando que Daniel era um cliente assíduo e que nunca havia sido visto tão bêbado como no dia. Já os policiais que atenderam a ocorrência disseram que a denunciante está com o psicológico abalado, e que na ocasião da denúncia, temia que ninguém acreditasse nela.


Segundo dia de julgamento de Daniel Alves tem foco em consumo de álcool excessivo
Bruno Brasil, amigo de Daniel Alves, chega ao tribunal para depoimento (Reprodução/Lluis Gene/AFP/Globo Esporte)

Contradições encontradas pela acusação

Durante a audiência, a promotoria achou contradições no depoimento de Bruno Brasil, amigo de Daniel. Ele disse que o grupo havia deixado a boate Sutton “sem motivos”, mudando a versão que tinha alegado anteriormente. No outro depoimento, ele afirmou que eles foram embora porque Alves estava com dor de barriga e, por isso, tinha entrado no banheiro que é tido como o local do crime. Quando ele (Daniel Alves) saiu do banheiro, eu estava com a prima (da denunciante). “Estávamos pegando contato um do outro. Ele saiu do banheiro, ficou do meu lado e seguiu dançando, na mesma sala. Ela saiu, falou com todo mundo, se despediu de mim, a prima também e foram embora. Eu não lembro o tempo que levou entre a saída dela e a despedida após o banheiro. O tempo não lembro, mas ainda seguimos lá dentro por um tempo. Já era tarde, já tínhamos bebido muito e por isso fomos embora”, argumentou Bruno nesta terça-feira (2). Ao ser questionado pela acusação, a testemunha disse que a contradição se deu porque no primeiro depoimento ele falou em espanhol, e que na troca de idiomas, a situação não havia ficado muito clara.

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