Polícia Federal convoca Bolsonaro para depoimento

João Pedro Turati Por João Pedro Turati
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Foto destaque: Jair Bolsonaro. (Foto: reprodução/omunicipio.com)

A Polícia Federal convocou Bolsonaro para testemunhar sobre a tentativa de subversão, estima-se que o ex-presidente será interrogado na quinta-feira (22). Essa informação foi confirmada pelo grupo jurídico de Bolsonaro.

Veja o dia do interrogatório

A Polícia Federal convocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para dar seu depoimento no contexto da investigação que examina as conspirações golpistas envolvendo membros do governo e das Forças Armadas. Segundo as descobertas, a expectativa é de que o interrogatório aconteça no próximo dia 22.

O advogado Paulo Cunha Bueno, representante de Bolsonaro, ratificou essa informação. A PF encontrou, entre outras evidências, um vídeo de uma reunião na qual Bolsonaro instrui ministros a não esperarem pelo resultado das eleições para agir.

A defesa, contudo, afirma  que o ex-presidente nunca considerou a possibilidade de golpe. Além da gravação, apreendida no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a PF coletou outras evidências que colocam o ex-presidente no cerne da suposta conspiração golpista.


Jair Bolsonaro. (Foto: reprodução/thepolitica.uai)

A PF descobriu a gravação de uma reunião em julho de 2022, na qual Bolsonaro convoca seus ministros para discutir estratégias que evitem uma derrota nas eleições. Naquela época, Bolsonaro antevê a possibilidade de perder a eleição e pede aos ministros que acionem o “plano B”.

Na mesma reunião, um de seus assessores mais próximos, o general Augusto Heleno, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), argumenta que é necessário mudar de rumo logo, antes mesmo do resultado das eleições. A PF ainda encontrou, no escritório de Bolsonaro na sede do PL, um documento com teor golpista que mencionava a possibilidade de decretar um estado de sítio e impor a garantia da lei e da ordem no país.

Veja o que disse a defesa e os aliados de Bolsonaro

Os aliados do ex-presidente, no entanto, alegam que ele não especificou explicitamente sua intenção de golpe. Logo após a operação, a defesa do ex-presidente afirmou que Jair Bolsonaro não teria participado de qualquer movimento que tivesse como objetivo desestabilizar o Estado Democrático de Direito.

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