União Europeia abre investigação sobre possível quebra de transparência do TikTok

Rafael Almeida Por Rafael Almeida
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Foto destaque: Comissário da União Europeia Thierry Breton (reprodução/X/@ThierryBreton)

Depois da recente pressão enfrentada pelos Estados Unidos, o TikTok agora está sob a mira da União Europeia, que decidiu formalizar o início das investigações contra a plataforma administrada pela empresa chinesa ByteDance. As investigações têm como foco verificar se a plataforma infringiu as diretrizes da UE para proteger crianças e garantir a transparência de seus anúncios online.

Digital Services Act entrou em vigor no último sábado

O chamado Digital Services Act entrou em vigor no último sábado, representando uma resolução do bloco europeu para exigir que as grandes plataformas online combatam conteúdos digitais ilegais que possam representar um risco à segurança pública. Isso ocorre em um momento em que várias plataformas, especialmente o TikTok, enfrentam uma série de órgãos reguladores que buscam entender cada vez mais os riscos dessas plataformas.


Thierry Breton
Thierry Breton durante convenção da UE (reprodução/X/@EU_Social)

Segundo o comissário da União Europeia para o mercado interno, Thierry Breton, a decisão de investigar o TikTok foi tomada após a empresa enviar um relatório curto sobre sua análise de risco e suas respostas aos pedidos de informação feitos pelo órgão europeu.

No próprio X, ele escreveu sobre o início das investigações: “Hoje abrimos uma investigação contra o TikTok sobre suspeitas de quebras de transparência e obrigações para proteger menores: design viciante e limites de tempo de tela, efeito ‘toca do coelho’, verificação de idade e configurações de privacidade”.

Foco no algorítimo do TikTok

O principal foco da investigação feita pela União Europeia será a análise dos algoritmos do TikTok, que, segundo o órgão, geram vícios comportamentais e o efeito conhecido como “toca do coelho”, no qual o usuário fica cada vez mais viciado em um determinado assunto ao consumir incessantemente conteúdos sobre ele, gerando um loop onde passa cada vez mais tempo dentro da plataforma.

Caso seja considerada culpada, a plataforma pode receber uma penalidade financeira que corresponderá a uma multa de até 6% de sua receita global. As investigações devem prosseguir nos próximos meses, revelando o que possivelmente foi descoberto pela UE.

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