JP Morgan fica para trás e Berkshire Hathaway assume o posto de empresa número 1 dos Estados Unidos

Pablo Alves Por Pablo Alves
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O bilionário Warren Buffett é dirigente executivo e presidente do conselho da Berkshire Hathaway que agora é a maior companhia dos Estados Unidos e lidera o ranking Global da Forbes

A pandemia de Covid-19 causou instabilidades que ainda refletem no ano de 2022, e para acentuar ainda mais esse contexto volátil, as contendas transnacionais  e os obstáculos na rede de suprimentos não deixaram o cenário mais positivo, mesmo assim, as companhias norte-americanas apresentaram um crescimento continuo.

A tradicional lista anual Forbes Global 2000, que está na 20ª edição, cataloga as maiores sociedades anônimas (S/A) do mundo, obedecendo alguns parâmetros e especificações como vendas, lucros, valor de mercado e ações  registradas no período de 1 ano finalizado em abril, dia 22. São também  conhecidas como empresas de capital aberto porque negociam seus papeis na bolsa.

Em relação à combinação do valor de mercado o grupo conservou-se mais ou menos constante e teve um aumento de 3% batendo US$ 9,9 trilhões (R$ 50,7 trilhões). Conjugadas , os empreendimentos averbaram um faturamento superior a US$9,9 trilhões (R$ 50,7 trilhões), alta de 4% comparado a 2021. Enquanto isso os ativos tiveram uma avaliação aproximada de US$ 12,3 trilhões (R$ 63 trilhões), despencando 7%. Porém, os ganhos aumentaram mais de 60%, indo acima dos US$ 509 bilhões (R$ 2,6 trilhões).


Berkshire Hathaway, JPMorgan e Amazon ocupam dos três primeiro lugares da lista. (Foto: Reprodução/SetorSaúde).


 

A elevada alta registrada  nos lucros ajudou a propulsar a empresa de Bufett para o primeiro lugar na lista Forbes Global 2000 deste ano. No Ranking da revista Forbes, a Berkishire Hathaway, empresa do magnata de Omaha, ocupa atualmente a 5ª posição.

Charlie Munger (98) e seu parceiro de negócios Warren Buffett (91), conseguiram quase  US$ 90 milhões (R$ 461,7 bilhões) em dividendos ano passado, incremento de 53% proporcionalmente à 2021. O recorde apresentado pela Hathaway foi de US$ 27,5 bilhões (R$ 141 bilhões) nos lucros de operação descontados os impostos, conclusão, a Berkshire Hathaway ultrapassou o JP Morgan Chase Dimon e agora é a maior da América.

Em tradicional reunião onde todos os acionistas da empresa se encontram anualmente, o guru de Omaha deixou claro seu pensamento positivo e resiliência mesmo com vislumbres futuros aterradores do mercado de capitais e sobre as altas da inflação na terra do Tio Sam. “Se você faz algo valioso e bom para a sociedade, não importa o que acontece com o dólar. As vezes os mercados fazem coisas malucas. Isso é bom para a Berkshire, não porque somos inteligentes, mas porque somos sãos”, proclamou Buffett.

O descenso colocou o JPMorgan no segundo lugar na lista dos maiores dos EUA e em quarto na lista Global 2000, atrás do ICBC e da Saudi Armco. Os ativos da instituição financeira tiveram uma baixa de 15% nesse período, performance inferior do tímido crescimento de 2% do S&P 500.

O terceiro lugar é da Amazon, que saiu do quinto lugar e mostrou um grande crescimento. Em 2020 ela ocupava o 13º. A empresa com sede em Seattle conseguiu manter seu crescimento favorecido pelo aumento das compras online. Mesmo com os preços acima do poder real de compra e das taxas de juros  escorchantes que arruínam orçamentos familiares, houve um resultado de subida nas vendas, 22% no ano passado.

E as boas notícias não cessam para os acionistas da empresa de capital aberto. A estimativa é que as vendas avancem nas categorias predominantes, hobby, moveis para casa, produtos de beleza, vão bater seus adversários.


Loja da Verizon no Mall of América, localizado na East Brodway. (Foto: Reprodução/MallOfAmérica).


Wells Frago, Alphabet, Bank of America e Microsoft continuaram figurando na lista das 10 maiores companhias listadas dos Estados Unidos. A multinacional do varejo Walmart perdeu espaço na lista caindo de 9º para a 13º colocação, na lista, mas se segurou com o primeiro lugar de vendas da relação global. O Citigroup despencou da 8ª para a 15ª posição.

Quem respirou novos ares foi à produtora de petróleo e gás ExxonMobil que ascendeu no ranking após o eclipse causado pela pandemia causar estrago. A Verizon e seu crescimento a levaram para fechar essa lista no décimo lugar.

Os preços altos da energia praticados pelo mercado facilitaram a recuperação da ExxonMobil que teve US$ 23 bilhões (R$117,9 bilhões) em 2022. É bom lembrar que a produtora de energia havia caído para a 133ª posição ano passado, quando à época sentiu o baque da depressão nos preços do petróleo no inicio da pandemia, agora se confirmou no 8º lugar da consagrada lista produzida pelo Tio Sam.

Com as impossibilidades da DirecTV somada as perdas de mais de US$ 5 milhões, o monstro das telecomunicações AT&T teve o mesmo declínio no ano anterior quando passou de 5ª para o 106ª. Porém em 2022 ela conseguiu estabilidade para se recuperar a pode de crescer e entrar na lista das 10 maiores. A adversária direta da AT&T, Verizon, continuou estoica no período pandêmico e debutou no décimo lugar do ranqueamento do EUA acompanhado por um aumento nas vendas de 5%, US$ 134 bilhões (R$ 687,4 bilhões), já os papeis alavancaram em 16% se comparado com 2021.

Jamie Dimon, do JPMorgan, decretou, “continuamos otimista com a economia, pelo mesmo no curto prazo”, na última propagação dos resultados.  “Os balanços dos consumidores e das empresas, assim como os gastos dos clientes, permanecem em níveis saudáveis, mas mostram desafios geopolíticos e econômicos significativos à frente devido à alta inflação, problemas na cadeia de suprimentos e a guerra na Ucrânia.”, na última reunião.

 

Lista anual Forbes Global 2000

 

1 Berkshire Hathaway

2 JP Morgan

3 Amazon

4 Apple

5 Bank of América

6 Alphabet

7 Microsoft

8 Exxon Mobil

9 Wells Fargo

10 Verizon Fotodestaque

 

Foto destque: Reprodução/MacMagazine

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