Brasileiros investiram mais de US$ 4 bilhões no mercado internacional em 2023

Priscila Campolim Por Priscila Campolim
2 min de leitura
Foto destaque: mapa do mundo com dinheiro e lupa (Reprodução/Freepik)

A busca por diversificação e retornos mais expressivos está impulsionando o investimento de brasileiros no exterior. Dados do Banco Central revelam um aumento significativo nesse tipo de aplicação, com investimentos internacionais direcionados por brasileiros alcançando US$ 4,4 bilhões em 2023, contra resgates líquidos de US$ 142 milhões em 2022.

O mercado americano se destaca como principal destino, atraindo os investidores pela amplitude de opções, com mais de 8 mil ativos listados em suas bolsas, contra cerca de 390 no Brasil. Essa variedade permite investir em empresas líderes em seus setores, como a Nvidia, cujo valor de mercado supera a soma de todas as empresas brasileiras listadas na bolsa.

Diversificar o patrimônio e reduzir os riscos são outros benefícios do investimento no exterior. Ao investir em mais de um país, o investidor diminui a exposição a riscos políticos, geográficos e socioeconômicos específicos de cada região.

A carteira internacional do C6 Bank ilustra bem essa vantagem, tendo apresentado uma valorização de 3,5% em fevereiro, similar ao S&P (6,7%), enquanto o Ibovespa subiu 22%. Ou seja, o investimento no exterior proporcionou retornos superiores ao principal índice da bolsa brasileira.

Novas fronteiras

Especialistas apontam oportunidades em outros mercados além do americano. A Europa, com seus mercados maduros e empresas como LVMH e Novo Nordisk, é um destino atraente. A Ásia, por sua vez, oferece grande potencial de crescimento em setores como tecnologia, manufatura, serviços financeiros e saúde, com destaque para China, Índia, Japão e Singapura.


Gráfico digital de investimentos (Foto: reprodução/Freepik)

A América Latina também apresenta oportunidades, embora ainda pouco exploradas. México, Chile e Colômbia são exemplos de países com potencial para investimentos.

Desafios e recomendações

Investir no exterior exige atenção aos desafios, como a maior exposição a eventos macroeconômicos, como recessões, crises financeiras e mudanças nas taxas de juros em diferentes países. Para navegar neste cenário, é fundamental ter uma visão de longo prazo e buscar orientação profissional. 

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