O ano de 2024 começou com uma nova epidemia da dengue e outras doenças geradas pelo Aedes Aegypti, Zika vírus e Chikungunya, com 1,6 milhões de ocorrências confirmadas nos primeiros 3 messes, trouxe a população um sinal de alerta. Por conta disso, alunos e pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), desenvolveram uma técnica capaz prever com antecedência locais com a maior possibilidade de casos utilizando a IA.
A Inteligência artificial é utilizada em conjunto com um modelo matemático, para compreender similaridades e padrões em espaços e regiões, utilizando informações como umidade relativa do ar, temperatura, taxas de precipitação e internações hospitalares, assim permitindo que sejam emitidos níveis diferentes de surtos epidemiológicos.
Profissional de saúde em ação na Cidade de Contagem, Minas Gerais (Foto: reprodução/Douglas Magno/AFP/Getty Images)
Mapeamento de dados
A pesquisa é encabeçada por Fábio Teodoro de Souza, pós-graduado em Gestão Urbana (PPGTU) e da Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), iniciou um período de teste em Campo Mourão, município do interior do Paraná, entre 2019 e 2020.
Em uma entrevista recente ao Jornal ‘’O Globo’’, o professor menciona sua primeira experiência com o projeto: “Com a parte da análise espacial, nós também conseguimos entender a partir de onde a doença se espalha. Nós descobrimos que ali em Campo Mourão, por exemplo, o surto de dengue surgiu de um ferro velho da cidade”.
Para o especialista, um dos objetivos da tecnologia é poder auxiliar na criação de políticas públicas focadas mobilização comunitária e identificação dos casos, e para tais ações sejam implementadas, é fundamental que entendemos os comportamentos das doenças endêmicas.
IA e prevenção
Com a previsão gerada pela IA pode contribuir com o planejamento das autoridades para casos futuros, exemplos como preparar as equipes de saúde, campanhas de prevenção e organizar a logística hospitalar entre outras que podem servir de curto a longo prazo.